E-Pôster
9877087 | CONTRIBUIÇÕES DA ANTROPOLOGIA DO CUIDAR NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM | Autores: Iuri Gomes Ramos ; Diego Alexandre Rozendo da Silva |
Resumo: **Introdução**: o ensino socioantropológico em enfermagem oferece possibilidades para a execução não somente das práticas destinadas à saúde, como também a consolidação e reconhecimento do papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento em saúde, e no estabelecimento de novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões(1). **Objetivo**: apresentar as contribuições das Ciências Sociais na formação profissional do enfermeiro. **Metodologia**: o presente estudo caracteriza-se por um relato de experiência docente na disciplina de ciências humanas e sociais em um curso de graduação de enfermagem, onde o referido autor1 propõe práticas formativas nesta ênfase a aproximadamente 8 anos. **Resultados e Discussão**: coloco-me neste espaço de saberes e reflexão de ensino da Antropologia e da Sociologia, ao utilizar os referenciais propostos por Francesc Torralba Rosello, em sua obra: Antropologia do Cuidar (2). Tais vivências docentes são permeadas por uma discussão sobre a importância de tal olhar teórico na mudança de uma visão biologicista/biomédica que os estudantes trazem antes mesmo de entrarem na vida acadêmica universitária, fruto de uma construção social sobre as ciências da saúde. Tal atitude docente no decorrer de aproximadamente 8 anos nos impele a construir uma nova postura frente a sociedade, a cultura, o homem e consequentemente sobre os processos de saúde-doença. Ao refletir sobre a antropologia do sofrimento, da dor, da vulnerabilidade e da morte, tornando esse profissional mais sensível aos problemas humanos e para uma atuação mais eficaz. **Conclusão**: consideramos que a relação da formação profissional com o componente curricular da antropologia e sociologia da saúde não só propõe um olhar em constante transformação para as relações que permeiam o processo saúde/doença, mas sistematiza a formação cidadã, o que permite uma formação de profissionais com uma visão mais ampliada e humana.
Referências: (1) Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001 - Portal MEC acesso em 17 de setembro de 2018, disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf
(2) ROSELLO, Francesc Torralba. Antropologia do Cuidar. Editora Vozes. 2009 |