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9712903 | ÓBITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR CAUSAS EXTERNAS, SEGUNDO REGISTROS DO INSTITUTO MÉDICO LEGAL | Autores: Thyana Cordeiro Lopes ; Claudiana Bomfim de Almeida Santos ; Maria Conceição Oliveira Costa ; Jamilly de Oliveira Musse ; Magali Teresópolis Reis Amaral |
Resumo: **Introdução**: Os óbitos por causas externas representam a repercussão extrema da violência. Na atualidade, as mortes violentas, referem-se àquela ocasionada pelos homicídios, acidentes, suicídio, afogamentos, quedas, lesões e traumas, sendo estas as principais causas de morbimortalidade na população juvenil1. Desse modo, se configura como um grande desafio para o setor saúde2. **Objetivo**: Traçar o perfil dos óbitos por causas externas em crianças e adolescentes registrados no Instituto Médico Legal (IML) de Feira de Santana. **Método: **estudo descritivo, do tipo série de casos, utilizando dados secundários do Laudo Cadavérico/LC e Declaração de Óbitos/DO, identificando as características dos óbitos por causas externas em crianças e adolescentes, submetidas a necropsia no IML de Feira de Santana-Ba, no período de 01/01/2013 a 31/12/2015. **Resultados**: no período estudado, foram examinados 466 casos de óbitos de crianças e adolescentes por causas externas, 86,3% eram do sexo masculino; 86,3% adolescentes e 82% pardos. O homicídio foi a principal causa de morte, (61,6%), seguido dos acidentes de trânsito (23,9%); e a via pública o local de maior ocorrência (65,2%). Entre todos os tipos de mortes, 60,3% foram por arma de fogo e o traumatismo crânio encefálico foi a causa imediata mais frequente (33,5%). **Conclusão: **O perfil dos óbitos de crianças e jovens por causas externas mostrou os homicídios como principais causas, além dos acidentes de trânsito. Esses achados apontam a necessidade de investimentos e prevenção para redução das mortes precoces, contribuindo assim para minimizar o impacto social e econômico destas. **Contribuições da enfermagem: **Torna-se importante o reconhecimento do perfil de morbimortalidade da população, para que sejam implementadas ações de prevenção comunitárias e sociais que possam orientar e promover hábitos relacionais saudáveis entre os familiares e respeito aos colegas que transitam nos mais diversos espaços.
Referências: 1. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Relatório Mundial sobre Violência e Saúde. Genebra: OMS, 2002.
2. SOUZA, E. R.; MELO, A. N.; SILVA, J. G.; et al. GONZALEZ-PEREZ, G. J. Estudo multicêntrico da mortalidade por homicídios em países da América Latina. Cien Saude Colet, v. 17, n.12, p. 3183-3193. 2012. |