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9617635 | A DUPLA VULNERABILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA QUE VIVEM NO CAMPO | Autores: Letícia Fussinger ; Jaqueline Raimundi ; Cristiane Duarte Christovan ; Marta Cocco da Costa |
Resumo: **Introdução: **A população residente no meio rural enfrenta condições de desigualdade em relação à população urbana, entre elas, menores níveis de escolaridade e rendimento salarial, difícil acesso da população aos serviços sociais, de saúde e comércio, distâncias territoriais e falta de transporte público para deslocamento. Pessoas com deficiência também apresentam piores perspectivas de saúde, baixos níveis de escolaridade, participação econômica restrita e índices de pobreza mais elevados em comparação às pessoas que sem deficiência. **Objetivo: **Refletir sobre os desafios vivenciados pelas pessoas com deficiência no contexto rural. **Metodologia:** Estudo teórico reflexivo com base em produções científicas. ** Resultados:** A escassa literatura sobre o cuidado da pessoa com deficiência no ambiente rural é reflexo da invisível dinâmica de vida e processo saúde-doença da população rural no Brasil¹. Isso, muitas vezes, impede a ação sobre os mesmos e os tornam inaceitáveis na perspectiva dos direitos humanos e de uma vida digna. Reconhece-se a necessidade de produzir rupturas nas formas instituídas e arraigadas de cuidado em saúde, nas visões conservadoras e estereotipadas de compreensão da pessoa com deficiência. **Conclusão:** Espera-se que os profissionais da saúde atuam através de um diagnóstico situacional da área de abrangência, mediante uma prática humanizada, competente e resolutiva que envolva políticas públicas baseadas no vivido dessas pessoas. Pesquisas devem ser desenvolvidas para tornar-se visível a interação entre essas duas formas de desvantagens, que corroboram na produção das desigualdades sociais. Essa interpretação da realidade visa subsidiar a superação das barreiras de acesso à saúde das pessoas com deficiência do campo.
Referências: URSINE, B. L.; PEREIRA, E. L.; CARNEIRO, F. F.; Saúde da pessoa com deficiência que vive no campo: o que dizem os trabalhadores da Atenção Básica? Interface (Botucatu). 2018; 22(64): 109-20. |