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9617377 | Acolhimento Em Saúde Mental: Relato De Experiência Do Cotidiano | Autores: Gabryella Vencionek Barbosa Rodrigues ; Simone Costa da Matta Xavier ; Felipe Gomes Russo ; Yngrid Bezerra dos Santos |
Resumo: Introdução: O acolhimento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), pode ser
compreendido como uma postura, de receber, escutar e tratar humanizadamente o
usuário e suas demandas; técnica que instrumentaliza procedimentos e ações
organizadas que facilitam o atendimento na escuta, na análise, na
discriminação do risco e na oferta acordada de soluções ou alternativas aos
problemas demandados; (re)orientador dos processos de trabalho que pontua
problemas e oferece respostas a questões referentes à organização dos serviços
de saúde¹. Método: Relato de experiência da graduação de enfermagem em Saúde
Mental em CAPS II do Rio de Janeiro. Objetiva relatar vivência durante estágio
acadêmico, para reflexão sobre a importância do acolhimento como prática.
Resultados: Fomos responsáveis pela realização do acolhimento supervisionado,
nomeado de co-acolhimento/triagem, para acolher usuários que acessem o
serviço, discutir casos em equipe, para análise das necessidades e demandas, e
garantir a porta de entrada no serviço ou na rede de atenção psicossocial, e
outras orientações. Certa vez, observamos uma usuária isolada, humor triste,
discurso desorganizado, o que estimulou o convite a expor sua queixa de forma
mais clara, respeitando seu tempo e desejos, proporcionando transferência e
vínculo, que permitiram o relato de suas experiências nas relações familiares.
Discussão: Fica claro como o acolhimento pode auxiliar na construção da
confiança, possibilitar ações terapêuticas mais eficazes, melhora da relação
profissionais, familiares e usuários; humanizar o sofrimento psíquico,
auxiliar na aproximação. Considerações finais: A valorização da oferta de
escuta e do acolhimento, respeitando a liberdade de expressão, a troca de
experiências e atenção sincera. A reinserção do sujeito nas atividades
diárias, no mundo do trabalho e nos espaços comunitários é um desafio
cotidiano nas atividades de cuidado e sociais, de acompanhamento, nas oficinas
e grupos, enquanto espaços terapêuticos e de socialização.
Referências: 1.Junior AGS, Mascarenhas MTM. Avaliação da atenção básica em saúde sob a ótica da integralidade: aspectos conceituais e metodológicos. In: Pinheiro R, Mattos RA. Cuidado: as fronteiras da integralidade. 3.a ed. Rio de Janeiro: Cepesc/UERJ; 2010. p. 241-57 |