9474879 | Prevalência dos sintomas de Transtorno Mental Comum, em comunidades Quilombolas | Autores: Bianca Eva de Sousa Gomes ; Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma ; Érika da Silva Maciel |
Resumo: A população Quilombola, considerada uma população vulnerável no Brasil,
enfrenta barreiras múltiplas de acesso aos serviços de apoio social e na área
da saúde. O estudo pretende identificar os principais sintomas de transtorno
mentais em comunidades quilombolas do estado do Tocantins. Trata-se de um
estudo quantitativo, realizado em quatro comunidades (Córrego Fundo,
Malhadinha, Manoel João, e Morro de São João) reconhecidas pela Fundação
Cultural Palmares. As coletas foram realizadas entre os anos de 2016 e 2017,
através do Instrumento Self Reporting Questionare 20 (SQR20).
Os critérios de inclusão foram ser das comunidades citadas, ter 18 anos ou
mais, aceitar participar deste estudo, assinar o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido proposto, e estar na comunidade no dia da entrevista. Aprovado
no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), número 56954116.2.0000.5516.
Os fatores de humor depressivo/ansioso apresentaram maior prevalência entre
esta população, e o decréscimo de energia vital os menores. Observa-se que nas
pessoas que vivem no meio rural os resultados são semelhantes, sendo que, as
condições de vida dessas populações estão rotineiramente relacionadas com a
pobreza e aos eventos estressantes quando comparados ao meio urbano, estando
provavelmente relacionados aos recursos sociais e econômicos limitados e
outras desvantagens demográficas que produzem maior risco para problemas de
saúde mental. O estudo aponta probabilidade de acometimento de TMC maior em
pessoas que vivem em meio rural, como é o caso das comunidades Quilombolas.
*FINANCIAMENTO
- Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde PPSUS/TO FAPT-TO/SESAU-
TO/MS-DECIT/CNPq (Edital nº 01/2014).
- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo na modalidade Fomento
Programa Regular FAPESP (Processo nº 2015/02549-5).
Referências: Iacoponi, E, & Mari, JJ. (1988). Reliability and factor structure of the Portuguese version of self-reporting questionnaire. International Journal of Social Psychiatry, 1(3), 213-222. doi: 10.1177/002076408903500301.
Costa, MGSG, Dimenstein MDB, Leite JF. Condições de vida, gênero e saúde mental entre trabalhadoras rurais assentadas. Estud. psicol. Natal, v. 19, n. 2, p. 145-154, June 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2014000200007. |