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9284172 | UMA DÉCADA DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR EM UMA UNIDADE SENTINELA: VIGILÂNCIA DE DROGAS DE ABUSO PELO MÉTODO DE BUSCA ATIVA | Autores: Aline Vieira Menezes ; Aroldo Gavioli ; Denise Raquel dos Santos ; Renan Filipe Altrão ; Cleiton José Santana |
Resumo: **Introdução: **Considerando os registros dos centros de informação e assistência toxicológica como sentinelas epidemiológicas de intoxicações, desde 2005 é desenvolvido um sistema ativo de toxicovigilância em ambiente hospitalar por um grupo de extensão e pesquisa em enfermagem em um Centro da região noroeste do Paraná. **Objetivo:** Descrever o perfil de casos de intoxicação por drogas de abuso notificadas em uma década de um programa de epidemiologia hospitalar pelo método busca ativa. **Metodologia:** Pesquisa descritiva, de caráter quantitativo, realizada em um hospital ensino do noroeste do Paraná. Para a coleta de dados foram utilizadas as fichas de Ocorrência Toxicológica/ Intoxicação Alcoólica do período de janeiro de 2008 a dezembro de 2017, arquivadas no Centro. Foram compiladas as variáveis sexo, idade, agente tóxico, diagnóstico de internação e desfecho. **Resultados: **Foram notificados 3.695 casos pelo método de busca ativa, com média de 369,5 casos/ano. Predominou o sexo masculino (89,85%), variação de faixa etária de 13 a 92 anos – média de 43,62 anos. A maioria fazia uso de bebida alcoólica (87,22%) e o principal diagnóstico para a internação foi o trauma (50,96%), seguido das doenças gastrointestinais (17,54%). O óbito foi o desfecho para 5,98% dos casos. **Conclusão:** O estudo confirma a correlação sexo masculino e drogas de abuso, em faixa etária economicamente ativa, e a bebida alcoólica como fator de risco para violência e trauma físico. Os dados sub notificados, inseridos no sistema de vigilância epidemiológica por busca ativa, servem de alerta aos gestores de saúde pública sobre a necessidade de implementar estratégias de prevenção desses agravos.
Referências: Santana CJ, Oliveira MLF. Effects of drug involvement on long-term users’ family members. Northeast Netw Nurs J. 2017;18(5):671–8. |