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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 8651602

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8651602

ÓBITOS FETAIS INVESTIGADOS EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO DA FOZ DO RIO ITAJAÍ/SC

Autores:
Rita de Cássia Teixeira Rangel ; Kethillin Line Reis ; Gabriela do Amaral Dal Forno ; Eneida Patrícia Teixeira ; Graziella Martins Teixeira

Resumo:
O óbito fetal é um importante indicador das condições de saúde de uma população, refletindo tanto a saúde materna, quanto a qualidade e acesso da assistência pré-natal e da assistência intraparto. Para que possa haver a redução da mortalidade fetal é imprescindível a compreensão de sua etiologia, visto que existem fatores de risco que podem ser prevenidos e tratados. A pesquisa tem por objetivo descrever as causas e os determinantes dos óbitos fetais que ocorreram de 2012 à julho de 2016 em um município da região da Foz do Rio Itajaí. Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados nas fichas de investigação do óbito fetal e infantil e declaração de óbito. O ano com maior incidência de óbitos fetais foi em 2012 com 14,76 óbitos/1000 nascimentos, a idade materna com maior incidência foi entre 26 a 30 anos. Os fatores de risco maternos que prevaleceram foram infecção do trato urinário e distúrbios hipertensivos. Em relação ao pré-natal a maior frequência foi de 4 a 6 consultas, tendo seu início no primeiro trimestre. A maioria dos natimortos era do sexo feminino,  de gestação a termo, com peso adequado para a idade gestacional prevalecendo o parto via vaginal. Observou- se predomínio do capítulo XVI da CID10, algumas afecções originadas no período perinatal, destacando-se o grupo de causas feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e parto, apresentaram maior  frequência antes e após a investigação. A classificação de evitabilidade da fundação SEADE,  revelou óbitos reduzíveis por adequada atenção ao parto e controle na gravidez. Com isso, a pesquisa poderá contribuir para o planejamento de ações a atenção a mulher durante a gestação e parto, visando a redução da natimortalidade relacionada a causas evitáveis e reduzíveis por adequada assistência no ciclo gravídico. Atuando diretamente nos fatores maternos identificados no presente estudo, como infecções do trato urinário, transtornos hipertensivos materno, descolamento prematuro de placenta, e por  assistência ao parto e feto.


Referências:
Aquino, MMA de et al. Conduta obstétrica no óbito fetal. Rev Bras Ginecol e Obstet. 1998. 20 (3):145-49. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. Lanski, S; França, E; Leal, MC. Mortalidade perinatal e evitabilidade: revisão de literatura. Rev Saúde Pública. 2002. 36(6): 759-72. Nascimento, E. Perfil epidemiológico dos óbitos perinatais no estado de Pernambuco no período de 2002 a 2008. 2012. [citado em 2016 out 04]. Disponível em: .