E-Pôster
8532874 | ‘‘PREVALÊNCIA DA VULNERABILIDADE EM IDOSOS COBERTOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA ZONA RURAL DE UM MUNICÍPIO PARANAENSE’’. | Autores: Caio Cezar Zancheta ; Andrei Vargas da Rocha ; Anne Karoline Mendes Souza ; Lediana Dalla Costa |
Resumo: O processo de envelhecimento traz consigo mudanças fisiológicas que
desencadeiam em maior vulnerabilidade, sendo que os fatores sociodemográficos
estão intimamente ligados a ela¹. Com falta ou perda da autonomia o indivíduo
se torna dependente e precisa de ajuda para desenvolver atividades básicas de
vida diária4. No Brasil, em 2025, teremos cerca de 34 milhões de idosos,
representando 15% da população total². Esse novo cenário populacional
configura também a epidemiologia das doenças, caracterizadas pelo declínio das
doenças infectocontagiosas e aumento das doenças crônicas não transmissíveis¹.
Fenômeno que ocorre com a maior longevidade, porém muitos idosos levam uma
vida normal com suas doenças controladas, por isso o que define saúde do idoso
está relacionado com a capacidade do indivíduo de cuidar de si mesmo³. Nesse
contexto o presente estudo buscou avaliar a vulnerabilidade e o perfil
sociodemográfico dos idosos cobertos pela ESF da Zona Rural do município de
Francisco Beltrão, Paraná. Para avaliação da vulnerabilidade foi usado o
IVCF-20 versão profissionais de saúde, um questionário simples de caráter
multidimensional e alta confiabilidade que avalia os principais determinantes
de saúde do idoso, e para traçar o perfil sociodemográfico um questionário
desenvolvido pelo pesquisador. Pode-se identificar que na amostra estudada
houve frequências superiores para mulheres (59,9 %), de etnia branca (76,2%),
casados (65,7%), com ensino fundamental (80,4%), com renda familiar de 1 a 3
salários (92,2%), que moram com familiares (49,0%) e com índice de
vulnerabilidade baixo (35,8%), sendo encontrado associações positivas entre o
índice de vulnerabilidade e as variáveis estado civil (p=0,017), grau de
instrução (p=0,028), e arranjo familiar (p=0,029%). Conclui-se que o
conhecimento das características dos idosos atendidos colabora na melhora da
assistência prestada, pois para nortear as políticas de atenção à saúde, se
faz necessário o conhecimento do perfil da sociedade.
Referências: 1-Sthal HC, Berti HW, Palhares VC. Grau de dependência de idosos hospitalizados para realização das atividades básicas da vida diária. Texto Contexto Enferm, Florianópolis. 2011 jan-mar; 20(1): 59-67.< https://www.ufrgs.br/gpat/wp-content/uploads/2013/03/6-GRAU-DE-DEPEND%C3%8ANCIA-DE-IDOSOS-HOSPITALIZADOS-PARA.pdf>
2-Uesugui HM, Fagundes DS, Pinho DLM. Perfil e grau de dependência de idosos e sobrecarga de seus cuidadores. Acta Paul Enferm. 2011; 24(5): 689-94.< http://www.scielo.br/pdf/ape/v24n5/15v24n5.pdf>
3-Cardoso JH, Costa JSD. Características epidemiológicas, capacidade funcional e fatores associados em idosos de um plano de saúde. Rev Ciência e Saúde coletiva. 2010; 15(6): 2871-2878.< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000600024>
4-Marinho LM, Vieira MA, Andrade JMO, Costa SM. Grau de dependência de idosos residentes em instituições de longa permanência. Rev Gaúcha de Enfermagem. 2013; 34(1): 104-110.< http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v34n1/en_13.pdf> |