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8479569 | Dificuldade de adesão ao exame de rastreamento do câncer de colo de útero em área de baixo Índice de Desenvolvimento Humano no Rio de Janeiro. | Autores: Halene Cristina Dias de Armada E Silva ; Sonia Acioli de Oliveira ; Anna Flávia Nascimento da Rocha ; Claudia Cristina da Silva Faustino ; Danielle Pinheiro Elias |
Resumo: **Introdução**: O câncer de colo de útero é a terceira neoplasia maligna mais frequente no Brasil, sendo aproximadamente 18 mil novos casos por ano, apresentando menor prevalência quando comparado aos cânceres de pele e mama1. Anualmente no mundo são diagnosticados 520 mil casos novos e 270 mil óbitos ocorrem pela neoplasia uterina2. Devido à experiência em unidade de saúde de atenção primária no período de 2009 a 2017, com 99% de cobertura territorial de equipes de saúde da família, e apenas 45% de cobertura na realização de colpocitológicos no ano de 2017, foi definido o **objetivo**: verificar os principais fatores que contribuem para a não adesão à realização dos exames colpocitológicos. **Metodologia:** Estudo documental, descritivo3. Foram utilizadas informações da variável do prontuário eletrônico de 7735 mulheres (27% da população cadastrada) de uma clínica da família da Zona Norte do Rio de Janeiro, na faixa etária de 25 a 64 anos, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. **Resultados**: Observou-se entre os motivos para não realização do exame: dificuldade de acesso, busca ativa não realizada, alta vulnerabilidade socioeconômica e cultural, distância da unidade, falta de conhecimento sobre o exame e vergonha da realização do exame por profissionais do sexo masculino. **Conclusões:** Percebeu-se a necessidade de reorganização do processo de trabalho, buscando conhecer as necessidades da clientela; ofertar acesso por demanda espontânea; promoção de espaços de educação permanente com vistas a qualificação da coordenação do cuidado e melhoria da vinculação com as usuárias; manter busca ativa e ou oportunizar coleta em equipamento no território; qualificar registros; e fortalecer o movimento da educação popular visando maior autonomia e protagonismo dos sujeitos.
Referências: 1. Brasil. Instituto Nacional do Câncer. Ficha técnica de indicadores das ações de controle do câncer do colo do útero. Prevenção e Vigilância: Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Rio de Janeiro. 2014; 16p.
2. Andrade. MS. Fatores associados à não adesão ao papanicolau entre mulheres atendidas pela Estratégia Saúde da Família em Feira de Santana na Bahia. Rev. Epidemiol. Serv. Saúde. Brasília. 2010; 23 (1): 111-120. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167949742014000100011&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 07/11/17.
3. Lacerda MR, Costenaro RGS (orgs). Metodologias da pesquisa para a enfermagem e saúde: da teoria à prática. Porto Alegre: Moriá. 2016; 496p. |