8132692 | A CORRELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE DA MARCHA E A FORÇA DE PREENSÃO MANUAL DE IDOSOS LONGEVOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA | Autores: Susanne Elero Betiolli ; Clóris Regina Blanski Grden ; Jacy Aurélia Vieira de Sousa |
Resumo: **Introdução:** Entre os aspectos relacionados à senescência está o declínio da força muscular e da tolerância ao exercício físico, que consiste no processo denominado sarcopenia, o qual está intimamente ligado aos componentes da fragilidade física velocidade da marcha (VM) e força de preensão manual (FPM)(1). **Objetivo:** analisar a correlação entre os componentes da fragilidade física VM e FPM em idosos longevos da atenção primária, bem como propor modelo preditivo de FPM para essa população. **Método:** estudo quantitativo transversal com amostra estratificada proporcional de 243 participantes (≥80 anos). Aplicaram-se questionário estruturado e testes para avaliação da fragilidade física(1). Realizaram-se análises univariadas (_qui_-quadrado e teste G), considerando significância estatística (_p_≤0,05); e multivariadas por regressão linear múltipla (método _Stepwise Backward_), com análise da variância (ANOVA) e estatística F de _Snedecor_. **Resultados:** Dos participantes 156 (64,20%) foram pré-frágeis, 51 (20,99%) não frágeis e 36 (14,81%) frágeis. Associaram-se à VM reduzida a idade avançada (_p_=0,033), o déficit cognitivo (_p_<0,001) e o uso de bengala (_p_<0,001) e andador (_p_<0,001). A FPM diminuída associou-se à idade avançada (_p_=0,003), déficit cognitivo (_p_<0,001), IMC baixo peso (_p_=0,002) e uso de andador (_p_=0,031). Houve correlação entre a VM e a FPM dos longevos (r=0,43241; R2=0,1869). As variáveis que melhor predizem a FPM foram o sexo, o IMC, a altura e a VM (_p_=0,000). **Conclusões:** existe correlação entre a VM e a FPM de longevos da atenção primária e a VM apresenta-se como boa preditora da FPM dessa população. **Contribuições para a prática profissional:** esses resultados apontam benefícios ao propor a avaliação da VM em conjunto com as variáveis antropométricas (altura e IMC), considerando o sexo do longevo, a fim de predizer a FPM dos idosos mais velhos.
Referências: 1. Fried LP, Tangen C, Walston J, Newman A, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: Evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 2001;56A(3):M146-156. |