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8098768 | VULNERABILIDADE À SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EM PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS | Autores: Jessica do Nascimento Rezende ; Rogéria Maria Nascimento ; Luzimar Aparecida Borba Paim ; Alex Leonardo de Souza ; Debora Ribeiro Cardoso |
Resumo: **Introdução: **A vulnerabilidade do portador de transtorno mental concentra-se em riscos socioeconômicos, biológicos. Aqui destacamos a contaminação pelo vírus da Imunodeficiência Humana. O relatório da IV Conferência Nacional de Saúde Mental (2010) apresentou urgência ao agravo mental, que concorre para risco de contaminação pelo HIV, no Brasil. **Objetivo:** Identificar publicações latino-americanas que tratam da “vulnerabilidade para a Aids” no transtorno mental. **Metodologia:** Revisão integrativa, adotando-se como questão norteadora: Quais as publicações abordam a vulnerabilidade para a contaminação por HIV em portadores de transtorno mental? Recorremos à base de dados eletrônicos Literatura Latino-Americana de Ciências da Saúde (Lilacs), em março/2018, empregando a expressão “HIV/Aids em saúde mental”. Critérios de inclusão: recorte temporal (2013–2018), idiomático (português, inglês, espanhol), seleção de textos completos. Elegemos quarenta produções por inserção temática, seis artigos por refinamento, todos publicados em periódicos nacionais. **Resultados:** As pesquisas utilizaram diversos métodos, com destaque para as representações sociais (02-33%) intencionando conhecer a compreensão deste binômio patológico, sob a ótica do participante. Um estudo transversal multicêntrico foi realizado com 2.475 usuários de 26 serviços públicos de saúde mental (11 hospitais/15 CAPS) brasileiros (01-16%). **Discussão:** O traço sócio-demográfico destacado nas produções demonstra que o impacto da epidemia é pouco conhecido entre a clientela de saúde mental. Este recorte populacional caracteriza-se por baixa percepção de risco, estigma, violência, práticas sexuais desprotegidas, abuso de álcool e outras drogas, desconhecimento sobre o contágio sexual, prevenção, pobreza, prostituição e baixa autoestima, autocuidado, que intensifica a vulnerabilidade. **Conclusões:** Assisti-los, para além do transtorno mental, incluir promoção à saúde sexual, redução de danos, educação extensiva aos portadores e familiares, é tentativa da minimização do risco.
Referências: 1. Brasília: Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Conselho Nacional da Saúde. Comissão Organizadora da IV Conferência da Saúde Mental Intersetorial. Relatório Final. 2010, 210 p.
2. GUIMARAES, M. D. C. et al. Prevalence of HIV, syphilis, hepatitis B and C among adults with mental illness: a multicenter study in Brazil. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 31, n. 1, p. 43-47, Mar. 2009 .
3. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV. Brasília, dezembro de 2013. |