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8049815 | A DINÂMICA “ESPELHO MEU” COMO INSTRUMENTO DE AUTORREFLEXÃO | Autores: Larissa Rodrigues Siqueira ; Maria Amanda Correia Lima ; Marina Soares Monteiro Fontenele ; Maria Elisa Curado Gomes ; Reângela Cíntia Rodrigues de Oliveira Lima |
Resumo: **Introdução:** O âmbito da Saúde Mental permite o profissional utilizar diferentes estratégias terapêuticas. Diante da dependência química, o cliente, muitas vezes, perde a referência da sua essência e de quem ele é. A utilização de dinâmicas com a finalidade da autorreflexão é válida, pois instiga o sujeito na busca ativa do eu e da autoconfiança. **Objetivo:** Descrever a dinâmica “Espelho meu”, aplicada aos dependentes químicos. **Metodologia:** Relato de experiência, realizado em uma unidade masculina de desintoxicação em Messejana, no Estado do Ceará, em 2017. Realizou-se uma roda de conversa, formando-se duplas em que após se conhecerem, um apresentou o outro. Utilizaram-se como ferramenta facilitadora cartões confeccionados, tendo na parte anterior: “Quem é a pessoa mais importante da sua vida?”, e no interior um espelho. **Resultados:** Apesar da convivência diária, devido à internação, os pacientes não se conheciam. Após apresentações, sentimentos de empatia foram relatados ao se depararem com situações em comum. Quando encorajados pela pergunta do cartão, muitas respostas apontaram para os familiares, porém, ao se olharem no espelho, houve relatos de que não se reconheciam, desejavam continuar o tratamento, identificando-se que muitos não se consideravam importantes para si e para os outros. **Conclusão:** A estratégia foi útil para melhorar a auto-estima e encorajar os pacientes, pois conhecendo perspectivas semelhantes e se olhando no espelho, eles refletem e discutem sobre o eu pouco falado e encoberto pelo uso de drogas. **Implicações para a enfermagem: **Ao realizar metodologias participativas o enfermeiro demonstra sua competência na construção de novas formas de se produzir saúde.
Referências: Silva LM, Sousa MH, Oliveira SS, Magalhães JM. Assistência de Enfermagem ao Dependente Químico: Uma Revisão Integrativa. Rev Saúde em Foco. 2016; 3(2): 46-61. |