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7962559 | Doenças infectocontagiosas: O que tem feito as Equipes de Saúde da Família? | Autores: Anneliese Domingues Wysocki ; Edirlei Machado dos Santos ; Samuel Souto Barbosa ; Sebastião Júnior Henrique Duarte ; Roberdo Della Rosa Mendez |
Resumo: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) surgiu com proposta organizacional e de
processo de trabalho para viabilizar maior acesso assistencial à população1.
Dentre as atribuições das ESF as ações de vigilância em Saúde são prioridade,
amparando assim o desafio de combater as doenças infectocontagiosas que são
graves problemas de saúde pública devido ao impacto econômico e social que
provocam2-3. Dadas as atribuições preconizadas pela Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB) para cada membro da equipe da ESF1 no tocante às doenças
infectocontagiosas, objetivou-se analisar a implementação das ações voltadas
às doenças infectocontagiosas preconizadas pela PNAB em ESF. Estudo
descritivo, exploratório, quantitativo, realizado em 2016 em todas as ESF de
Três Lagoas/MS. Os dados foram coletados junto a profissionais da ESF por meio
de instrumento baseado nas recomendações da PNAB. Após cálculo do tamanho
amostral, realizou-se partilha proporcional segundo categoria profissional
para determinar número de profissionais a entrevistar. Utilizou-se técnicas de
análise descritiva dos dados. Dentre os 152 profissionais de saúde
entrevistados, a maioria era do sexo feminino (132 – 86,8%), com predominância
de ACS (75 – 56,8%). Observou-se que dentre os profissionais que possuíam
competência técnico-científica para realizarem algumas ações, alguns não a
realizavam dentre eles: médicos, enfermeiros e odontólogos que não realizavam
consulta (3-2,4%; 3-2,4% e 12-9,4% respectivamente); não solicitavam exames
(3-2,3% médicos, 3-2,3% enfermeiros e 12-9,8% odontólogos); e não
interpretavam exames (3-2,3% médicos, 5-3,7% enfermeiros e 12-9,9%
odontólogos). A maioria dos ACS referiu realizar a busca ativa de casos novos
(51-85%) e busca ativa de faltosos (46-80,7%), embora não sejam todos que
tenham reconhecido a práticas de tais atividades. Identificaram-se lacunas na
realização de ações imprescindíveis ao controle das doenças infectocontagiosas
no âmbito das ESF4. Tais resultados oferecem subsídios para a proposição de
estratégias de intervenção junto aos profissionais atuantes nas ESF, amparando
ações gerenciais dos próprios enfermeiros que assumem, em sua maioria, a
gestão e coordenação do cuidado destes agravos.
Referências: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
2. MOURA A. Curso de doenças infectocontagiosas na atenção básica à saúde. Belo Horizonte: Nescon: Nescon/UFMG, 2014.
3. CARNEIRO M. As doenças infecciosas no contexto da saúde pública. Revista da AMRIGS, Porto Alegre. 2011;55(3):215, jul.-set.
4. YAMAMURA M, DIAS AAL, MILANI D, SANTOS EC, ORNELAS J, FIGUEIREDO RM. Produção Nacional e Acesso Sobre Enfermagem e Doenças Transmissíveis. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde. 2011;13(Esp): 299-306. |