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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 7893005

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7893005

OCORRÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELITO EM POPULAÇÃO INDÍGENA BRASILEIRA

Autores:
Franciele Jaqueline Rieth ; Vânia Paula Stolte Rodrigues ; Deones Gabriel

Resumo:
Introdução: A rápida transformação da sociedade apresenta influencia direta na cultura, estilo de vida e alimentação da população em geral, bem como na ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis. Essas mudanças também afetam as comunidades indígenas brasileiras, ocasionando alterações no modo de vida, e os novos hábitos alimentares, resultando em doenças antes não muito comuns entre essas populações. Objetivo: Discutir a ocorrência de hipertensão e de diabetes mellitus em comunidades indígenas no Brasil, relacionando-os aos impactos sofridos por essas comunidades. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa por meio de pesquisas em publicações científicas nacionais sobre a ocorrência de hipertensão e de diabetes mellitus em comunidades indígenas brasileiras. Os artigos encontrados foram discutidos sob a perspectiva de um acadêmico indígena com base em sua vivência na comunidade. Resultados e discussões: Houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão e diabetes, em comunidades indígenas nas últimas décadas. Alguns estudos mostraram maior prevalência entre homens e outros entre mulheres, bem como evidenciaram uma maior ocorrência de excesso de gordura na região abdominal, podendo este estar relacionado a hipertensão arterial e diabetes mellitus. Pode se relacionar que, conforme a população não índia foi adentrando ao espaço indígena, ocorreram mudanças nos hábitos e costumes, rompimento de regras tradicionais, dificuldades do acesso aos alimentos, micro territorialização de terra para plantio, sobreposição de alimentos industrializados e sedentarismo. Todos esses fatores contribuem significativamente para a ocorrência de hipertensão arterial e diabetes melito entre indígenas brasileiros. Considerações finais: É fundamental a integração dos saberes populares e científicos, e o envolvimento do diálogo e a troca de experiências recorrente para ocuidado participativo e integral entre a comunidade indígena e os profissionais de saúde. Essa integração de saberes mostra-se mais efetiva para a adesão ao tratamento e das medidas de prevenção necessárias.


Referências:
BRESAN, D.; BASTOS, J.L.; LEITE, M.S. Epidemiologia da hipertensão arterial em indígenas Kaingang, Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil, 2013. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 1-14, fev, 2015.