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7893005 | OCORRÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELITO EM POPULAÇÃO INDÍGENA BRASILEIRA | Autores: Franciele Jaqueline Rieth ; Vânia Paula Stolte Rodrigues ; Deones Gabriel |
Resumo: Introdução: A rápida transformação da sociedade apresenta influencia direta na
cultura, estilo de vida e alimentação da população em geral, bem como na
ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis. Essas mudanças também
afetam as comunidades indígenas brasileiras, ocasionando alterações no modo de
vida, e os novos hábitos alimentares, resultando em doenças antes não muito
comuns entre essas populações. Objetivo: Discutir a ocorrência de hipertensão
e de diabetes mellitus em comunidades indígenas no Brasil, relacionando-os aos
impactos sofridos por essas comunidades. Metodologia: trata-se de uma revisão
narrativa por meio de pesquisas em publicações científicas nacionais sobre a
ocorrência de hipertensão e de diabetes mellitus em comunidades indígenas
brasileiras. Os artigos encontrados foram discutidos sob a perspectiva de um
acadêmico indígena com base em sua vivência na comunidade. Resultados e
discussões: Houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis, como a hipertensão e diabetes, em comunidades indígenas nas
últimas décadas. Alguns estudos mostraram maior prevalência entre homens e
outros entre mulheres, bem como evidenciaram uma maior ocorrência de excesso
de gordura na região abdominal, podendo este estar relacionado a hipertensão
arterial e diabetes mellitus. Pode se relacionar que, conforme a população não
índia foi adentrando ao espaço indígena, ocorreram mudanças nos hábitos e
costumes, rompimento de regras tradicionais, dificuldades do acesso aos
alimentos, micro territorialização de terra para plantio, sobreposição de
alimentos industrializados e sedentarismo. Todos esses fatores contribuem
significativamente para a ocorrência de hipertensão arterial e diabetes melito
entre indígenas brasileiros. Considerações finais: É fundamental a integração
dos saberes populares e científicos, e o envolvimento do diálogo e a troca de
experiências recorrente para ocuidado participativo e integral entre a
comunidade indígena e os profissionais de saúde. Essa integração de saberes
mostra-se mais efetiva para a adesão ao tratamento e das medidas de prevenção
necessárias.
Referências: BRESAN, D.; BASTOS, J.L.; LEITE, M.S. Epidemiologia da hipertensão arterial em indígenas Kaingang, Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil, 2013. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 1-14, fev, 2015. |