7784692 | A importância da dimensão lúdica na pesquisa com crianças | Autores: Clarissa de Souza Cardoso ; Valéria Cristina Christello Coimbra ; Viviane Ribeiro Pereira ; Paola Camargo ; Paula Shakira Pereira |
Resumo: **Introdução:** Constitui-se um desafio para os pesquisadores construir a pesquisa com a participação da criança1. Assim encontrar uma metodologia que se adeque as necessidades dos mesmos, torna-se condição _sine qua non_ para a construção do protagonismo das mesmas2.** Objetivo:** analisar a importância do uso de um instrumento lúdico, chamado Mapa dos Cinco Campos (MCC) para qualificar o cuidado de crianças vinculadas ao Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi). **Metodologia:** trabalho de campo realizado no período de abril a Julho de 2016 em um CAPSi, por meio da observação participante, entrevistas narrativas e diário de campo. **Resultados:** observou-se que o MCC correspondeu a um instrumento lúdico que aproximou as crianças da pesquisadora, permitindo a construção de vínculos. Outro ponto forte da utilização da metodologia foi à possibilidade de mapear as pessoas da rede social e afetiva das crianças participantes e assim estabelecer estratégias para fortalecer o cuidado integral. A expressão oral foi importante para que elas se sentissem valorizadas e protagonistas de suas histórias. **Conclusões:** Observa-se a dimensão terapêutica do MCC, possibilita a expressão oral e também a escolha das pessoas da rede social e afetiva, as quais são identificadas durante a atividade com o mapa. Percebe-se que a participação efetiva das crianças acontece mediada pela utilização de instrumentos lúdicos que estimulem suas próprias escolhas. **Implicações para Enfermagem:** o uso do MCC revela-se um cuidado inovador com potencial para colaborar com a promoção da saúde. Acredita-se que as metodologias inovadoras favorecem o protagonismo infantil, pois contribuem para o contexto acadêmico na pesquisa com este público.
Referências: 1. CORDEIRO AP, PENITENTE LAA. Questões teóricas e metodológicas das pesquisas com crianças: algumas reflexões. Rev Diálogo Educ. 2014; 14(41):61-79.
2. COUTO MCV, DELGADO PGG. Crianças e adolescentes na agenda política da saúde mental brasileira: inclusão tardia, desafios atuais. Psicologia Clín. 2015; 27(1):17-40. |