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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 7280886


7280886

COMUNICAÇÃO DE ENFERMAGEM NA TERAPIA INTENSIVA

Autores:
Grazielle Rezende da Silva dos Santos

Resumo:
Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) o objetivo é fornecer suporte a pacientes que exigem cuidados complexos, realizados por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, incluindo o enfermeiro. Neste ambiente, a comunicação está intensamente presente durante a troca de turnos, o handover. Falhas nessa comunicação podem causar danos aos pacientes. Objetivou-se descrever o processo de comunicação entre os profissionais de enfermagem da UTI; analisar tal processo quanto à existência de ruídos e suas repercussões na segurança da prática de cuidado. Estudo de campo, qualitativo e exploratório na UTI de um hospital federal. Participaram 42 profissionais de enfermagem. Houve gravação de áudio do _handover, _observação sistemática das práticas de cuidado e entrevista semiestruturada. Os áudios foram transcritos, os dados da observação passaram por descrição densa e as entrevistas foram submetidas a análise de conteúdo temático. Houve incompletude e ausência de informações em todos os instrumentos analisados. A observação mostrou que falhas na comunicação interferiram diretamente no cuidado, gerando procedimentos desnecessários. As entrevistas apontaram o reconhecimento da importância do handover e a comunicação face-a-face na beira do leito de maneira verbal e escrita. Foram evidenciados ruídos como chegadas atrasadas ou saídas antecipadas, tom de voz baixo, conversas paralelas, uso de dispositivos celulares, e pouca participação dos técnicos. Entender o papel da comunicação é importante para evitar ruídos que podem colocar em risco a segurança do paciente e assim propor barreiras de segurança para impedir a ocorrência dos erros e eventos adversos.


Referências:
ALMEIDA, A.C.G. et al. Transporte intra-hospitalar de pacientes adultos em estado crítico: complicações relacionadas à equipe, equipamentos e fatores fisiológicos. Acta Paul Enferm. 2012; 25(3): 471-6. CHENAULT, K. et al. Sustainability of protocolized handover of pediatric cardiac surgery patients to the intensive care unit. Paediatr Anaesth, 2016; 26(5): 488-94.