E-Pôster
6632287 | Reconhecimento e prática da intersetorialidade entre equipamentos de um território | Autores: Jenifer Carolina Roda ; Eduarda Singer Barbosa Cavalcante ; Aline Mitie Both Budal ; Daiana Kloh Khalaf ; Verônica de Azevedo Mazza |
Resumo: Introdução: A saúde é percebida como processo, com determinantes e
condicionantes sociais, econômicos e ambientais1. Para a promoção da saúde e
cuidado integral dos indivíduos, a intersetorialidade torna-se fundamental2,3.
Objetivos: Identificar o entendimento de gestores de Unidades Básicas de Saúde
de um território sobre intersetorialidade, descrever a prática intersetorial e
seus principais obstáculos. Metodologia: Pesquisa qualitativa de caráter
descritivo, realizada no Distrito do Bairro Novo, Curitiba. Participaram
gestores locais das UBS, entrevistados com questionário semiestruturado. Os
dados coletados passaram por análise categorial4. Resultados: Os 12
entrevistados eram enfermeiros. Um possuía pós-graduação em Saúde da Família;
predominaram as áreas de urgência e gestão. Apesar das políticas indutoras de
formação de profissionais para o SUS, a maioria volta-se ao modelo
biologicista. Surgiram as categorias temáticas: “Conceitos” (Saúde, Atenção
Primária, Intersetorialidade) e “Elementos Necessários Para a
Intersetorialidade” (Gestão, Recursos, Conhecimento, Comunicação).
Identificou-se que a construção da intersetorialidade nas políticas sociais
ocorre de forma setorializada, sobre a dimensão particular5, com discurso
fragmentado. Considerações finais: A operacionalização da intersetorialidade
pode estar limitada pelo insucesso das políticas indutoras e ausência de
dimensão estrutural. São necessárias políticas institucionais que superem a
setorialização, visando a promoção da saúde.
Referências: 1 Brasil. Ministerio da Saude. Secretaria de Políticas de Saúde. As cartas da promoção da saúde. Distrito Federal: Ministério da Saúde, 2002.
2 Finkelman J. Caminhos da saúde pública no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2002.
3 Junqueira LAP. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro setor. Saúde e Soc. Abr 2004; 13 (1): 25-36.
4 Bardin L. Análise de Conteúdo. Edições 70: Lisboa, 2002.
5 Granda E, Breilh J. Investigação da saúde na sociedade: guia pedagógico sobre um novo enfoque epidemiológico. Rio de Janeiro: ABRASCO, 1989. |