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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 6232539


6232539

A VOZ DAS MULHERES ACERCA DA VIVÊNCIA DO PARTO HOSPITALAR SOB INFLUÊNCIA DE UM MODELO HUMANIZADO DE ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO

Autores:
Paolla Amorim Malheiros Dulfe ; Ines Meneses dos Santos ; Valdecyr Herdy Alves ; Audrey Vidal Pereira ; Eny Dórea Paiva

Resumo:
Introdução: A humanização do parto e nascimento advém da necessidade de aperfeiçoar a assistência obstétrica oferecida, por meio do resgate do parto como processo fisiológico pautado na individualização do cuidado seguro e qualificado. Objetivo: Identificar a percepção das mulheres acerca da assistência obstétrica recebida durante o trabalho de parto e parto sob influência de um modelo humanizado. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, realizado em uma maternidade pública na Zona Oeste do Rio de Janeiro que atua segundo o modelo humanizado de assistência obstétrica, com parto de risco habitual assistido por enfermeiras obstétricas. A coleta de dados se deu por entrevista semiestruturada individual com 10 puérperas de risco habitual, em alojamento conjunto, no mês de janeiro de 2016. Respeitou-se os aspectos éticos com submissão aos Comitês de Ética da SMS/RJ e do HUAP, e TCLE. Os dados coletados foram analisados utilizando-se a análise de conteúdo, teorizada por Bardin. Resultados: A percepção feminina acerca da assistência humanizada durante o processo de parturição perpassou pelo cuidado respeitoso e centrado na mulher estimulando sua autonomia, além da oferta de tecnologias não invasivas de cuidado. O acolhimento contínuo durante o trabalho de parto e parto desempenhados pelos profissionais de saúde e acompanhantes mostrou-se significativo sendo determinante para tornar a experiência positiva. Conclusões: A assistência ao processo parturitivo vivenciada sob os moldes da humanização foi avaliada positivamente pelas mulheres. Este resultado fornece sustentação à política de humanização ao parto e nascimento e de expansão da assistência pela enfermeira obstétrica como formas de promoção da assistência humanizada, obtenção de melhores indicadores de morbimortalidade materno-infantil, e de satisfação materna diante do processo de parturição.


Referências:
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