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6156665 | OS SURDOS E SUA SAÚDE SEXUAL: UM ESTUDO DE REVISÃO | Autores: Carlos Freitas Lisboa ; Antonio da Silva Ribeiro ; Carla Oliveira Shubert ; Paulo Alexandre Souza São Bento ; Luciane Alvez Vercillo |
Resumo: A sexualidade é um direito próprio da condição humana e deve ser vista sem
preconceitos, incluindo a possibilidade das pessoas com deficiência terem uma
vida afetiva e sexual ativa, constituindo suas famílias e planejando a vinda
de filhos. A concepção ampliada de sexualidade, que não se limita ao ato
sexual em si, traz à tona a inegável complexidade da afetividade humana, nos
processos que envolvem a escolha de parceiros que correspondam às expectativas
emocionais e sexuais de cada pessoa. Toda pessoa com deficiência deve ser
acolhida e receber respostas às suas necessidades em saúde quando recorre aos
serviços de saúde. Em especial assistência à saúde sexual, o enfermeiro deve
estar apto para atender às necessidades da pessoa surda. Objetivo: identificar
estudos sobre promoção da saúde sexual de surdos por enfermeiros. Metodologia:
revisão integrativa realizada na Biblioteca Virtual de Saúde, com artigos
publicados em português, espanhol e inglês, entre 2007 e 2017. Seguindo os
critérios de inclusão foram encontrados 2 artigos, um publicado em periódico
nacional e outro em periódico estrangeiro. Resultado: a sexualidade ainda é
considerada um tabu na sociedade contemporânea, sendo ainda mais
potencializado quando se refere à sexualidade da pessoa surda, gerando
preconceitos e a crença na assexualidade do indivíduo. Constatou-se o
predomínio da abordagem biomédica à surdez e a IST/AIDS nas investigações
relacionadas à saúde sexual dos surdos. Evidenciou-se ainda, que a comunicação
impõe-se como barreira no atendimento à população surda. Conclusão: a
sexualidade da pessoa com surda é uma temática que necessita ser mais
pesquisada, dando voz a essas pessoas, visto a complexidade dos fenômenos
psicossociais que a permeiam e o pouco investimento em Tecnologia Assistiva,
possibilitando que estes possam ter acesso à métodos educativos,
contraceptivos e preventivos adaptados. É salutar a capacitação de enfermeiros
para interação adequada através da Língua de Sinais Brasileira .
Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência – Brasília , 2010.
______. Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Tradução Oficial/Brasil. Brasília (DF): Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, BRASIL, 2007 |