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6078654 | O processo de cuidar na Sífilis Congênita: perfil materno-infantil e fatores associados ao tratamento da gestante | Autores: Jéssica Batistela Vicente ; Débora Falleiros de Mello ; Bárbara Soares ; Fabiana Rezende Amaral ; Gabriel Zanin Sanguino |
Resumo: **Introdução:** A sífilis congênita é um agravo evitável e permanece como problema de saúde pública com potencial de gerar graves sequelas para as crianças e comprometer seu crescimento e desenvolvimento1. O cuidado de qualidade no pré-natal favorece diagnóstico e tratamento precoces da sífilis na gestante e previne transmissão vertical1. **Objetivos:** Caracterizar o perfil sociodemográfico e de saúde das mães e das crianças com sífilis congênita; verificar associação entre tratamento da sífilis na gestação e variáveis maternas e do recém-nascido. **Metodologia:** Estudo exploratório, quantitativo desenvolvido em município paulista. Extraiu-se dados de 112 prontuários de crianças notificadas com Sífilis Congênita, atendidas em dois ambulatórios especializados; análise pelo SPSS Statistics versão 25, utilizando-se testes Qui-Quadrado de Pearson, exato de Fisher e regressão logística. Houve aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa. **Resultados**: Média de idade materna de 27 anos; 88,4% das gestantes realizaram pré-natal, 48,2% descobriram a sífilis no 1º trimestre de gestação e realizaram tratamento adequado. Das crianças, 82,1% nasceram a termo; 76,8% com peso adequado. Houve prolongamento da internação para tratamento em 70,5% dos casos; 96,4% destas crianças eram assintomáticas ao nascimento. Houve associação entre tratamento da sífilis na gestação e estado civil da mãe (p=0,013), Idade Gestacional (p=0,011), peso ao nascimento (p=0,045) e prolongamento da internação do neonato (p<0,001). Crianças que prolongaram a internação tiveram 10,32 vezes mais chances de suas mães não terem realizado tratamento adequado. **Conclusões:** Há necessidade de definir e melhorar estratégias para aproximar as gestantes dos serviços de saúde oferecendo cuidado para cada necessidade de saúde, com foco na individualidade e integralidade, para diminuir a transmissão vertical da sífilis. **Contribuições para a Enfermagem: **Conhecer o perfil de mulheres/crianças e os fatores associados à ocorrência de sífilis, contribui para repensar o cuidado de enfermagem no pré-natal com foco no incremento da prevenção.
Referências: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília; 2018. 247p. |