5891944 | A UTILIZAÇÃO DA MÚSICA E DE DINÂMICAS GRUPAIS COMO MODALIDADE TERAPÊUTICA NÃO TRADICIONAL PELO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA. | Autores: Guilherme Ganci Monteiro ; Lucas Felipe Ribeiro de Moura ; Tamar Rocha ; Débora Gomes Barros Lisboa Terra |
Resumo: INTRODUÇÃO: Para atuar na saúde mental o enfermeiro deve ter consciência que
todas as abordagens clássicas de terapia podem não apresentar resultados
mediante ao estado mental do paciente. Tendo como objetivo promover a
interação de graduandos da enfermagem com pacientes psiquiátricos recém-
desinstitucionalizados e outros que nunca conheceram a internação, por meio da
música como terapia. METODOLOGIA: O projeto foi desenvolvido em parceira com o
CAPS III “Arte do Encontro” e com o Núcleo de Saúde da Universidade de
Sorocaba – UNISO. Nesse sentido atuamos no primeiro semestre do projeto junto
ao CAPS em uma Residência Terapêutica realizando sessões semanais de
musicoterapia com os pacientes, tinham duração de uma hora e envolviam
dinâmicas de grupo, relaxamento, exibição de musicais e dança, a residência
possuía 10 moradores (homens) que permaneceram internados por vários anos em
instituição psiquiátrica, as sessões eram realizadas na sala um local de
encontro para todos. No segundo semestre desse projeto houve a mudança de
público, iniciamos a musicoterapia com os pacientes do Núcleo de Saúde que
nunca haviam sido internados, as sessões ocorreram da mesma forma em um espaço
cedido pela UNISO. RESULTADOS: O resultado desse projeto foi extremamente
positivo, pudemos identificar gradativamente o aumento da autoestima, além da
vontade e capacidade de escolha dos pacientes, relatando também se sentirem
dispostos para enfrentar sua semana após as sessões. CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES
PARA ENFERMAGEM: Durante todo o desenvolvimento desse projeto notamos que a
maior terapia é a escuta do paciente, permitir que ele se expresse e realmente
ouvir o que tem a dizer permite um cuidado mais holístico. Concluímos que é
imprescindível que o profissional por meio do vínculo e empatia identifique
esse paciente como um ser pensante, capaz de formular opiniões e expressar
simples desejos como escutar uma música e que proporcione ao mesmo o direito
de expressão.
Referências: SCLIAR, M. Historia do Conceito de Saúde; Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17 (1): 29-41, 2007.
SOUZA, M.C.B.M. Ações de enfermagem no cenário do cotidiano de uma instituição psiquiátrica. Rev Latino-am Enfermagem 2003 setembro-outubro; 11(5):678-84.
SYDENSTRICKER, T. Musicoterapia: uma alternativa para psicóticos. J Bras Psiquiatr 1991; 40(10):509-13. |