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5610902 | ESTIGMAS SOCIAIS: Interferência na adesão e tratamento de pessoas acometidas pela hanseníase | Autores: José Wáttylla Alves dos Santos Paiva ; Maria Justina da Silva ; Elainny Crhystina Vieira Fialho |
Resumo: A hanseníase é uma doença muito antiga, com relatos de tempos imemoráveis. Era
considera um flagelo divino, devido os aspectos deformantes que a mesma
acarreta ao portador da doença, provocando estigmas e preconceitos. Hoje sabe-
se que a doença é causada por uma bactéria, conhecida cientificamente
_Mycobacterium leprae_, existindo cura para a mesma. E diante desse foco
elaborou-se o seguinte **objetivo geral** que consiste identificar estigmas
sociais que interferem na adesão ao tratamento de pessoas acometidas pela
hanseníase que fazem tratamento em um centro de especialidades médicas, que se
localiza na cidade de Lago da Pedra-MA. E objetivos específicos de descrever
sentimentos dos clientes enquanto portador de hanseníase; relacionar a doença
aos fatores socioeconômicos e culturais; analisar a percepção do cliente em
relação aos cuidados prestados ao mesmo pelo profissional enfermeiro.
**Metodologia:** pesquisa qualitativa de caráter descritiva exploratória. O
estudo contou com a colaboração de 10 voluntários. **Resultados:** mostraram
que muitos desconhecem sobre a doença. A maioria relatou sentimentos de
tristeza após diagnóstico. Grande parte tem visão limitada em relação ao
tratamento. Um número significativo revelou gostar do atendimento e do
relacionamento com os profissionais da UBS. A maioria relata sentir medo, ou
já vivenciarem formas de preconceito por conta da doença. Boa parte revelou
que a maior dificuldade em relação ao tratamento são os efeitos adversos da
medicação, e todos afirmaram terem apoio familiar especialmente de mães e
esposas. **Conclusão:** o estudo mostra que houve significativa mudança em
termos de tratamento do portador de hanseníase, no entanto o preconceito ainda
que de forma velada é muito presente. Cabe aos profissionais da saúde, em
especial os da atenção básica trabalhar a temática, esclarecendo dúvidas sobre
a doença.
Referências: Paulino Ivan, Bedin Lívia Perasol, Paulino Lívia Valle. Estratégia Saúde da Famímia. – São Paulo: Ícone, 2009.
Pereira Sandra Valéria Martins, Bachion, Maria Márcia, Crispim de Souza, Aline Gracielly, Skaff Vieira, Sâmia Maria. Avaliação da Hanseníase: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem [Internet]. 2008;61:774-780. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=267019602020 |