5526245 | SENTIDO DA RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE NO VIVIDO DA PESSOA IDOSA COM CÂNCER | Autores: Raniele Araújo de Freitas ; Tânia Maria de Oliva Menezes |
Resumo: **Introdução: **A espiritualidade e a religiosidade vêm se destacando como estratégias no enfrentamento de situações não modificáveis no cotidiano da pessoa idosa, como em casos de diagnóstico do câncer1. Ao tomar consciência da transitoriedade da vida, a pessoa torna-se desafiada pela responsabilidade de ressignificar o sentido da vida2. **Objetivo: **Desvelar o sentido da espiritualidade e da religiosidade no vivido da pessoa idosa com câncer. **Metodologia:** Estudo fenomenológico, realizado entre agosto e setembro de 2018, com 12 pessoas idosas com câncer que realizam tratamento em um hospital de Salvador-Bahia. A análise dos dados envolveu o método de Giorgi, adaptado por Vietta, e interpretados a luz do referencial de Viktor Frankl. **Resultados: **A pessoa idosa com câncer desvelou vivenciar o sofrimento com a doença; a finitude; o vazio existencial, estando entre o _ser_ e o _dever-ser;_ e a culpa diante da doença. Como estratégias conscientes de conforto e força utilizam a espiritualidade e as práticas religiosas para o alcance do suprassentido.** Conclusão: **A pessoa-idosa-com-câncer vivencia a tríade trágica: sofrimento, culpa e morte. Através da fé, amor aos familiares, espiritualidade e religiosidade reelabora seu sentido. **Contribuições para a enfermagem: **Compreender o sentido da espiritualidade e religiosidade no vivido da pessoa idosa com câncer evidencia a necessidade de enfermeiros e enfermeiras atuarem na dimensão espiritual do ser que vivencia a doença oncológica.
Referências: 1. Araújo MAM, Guerra DR, Silva AL, Martins LGV, Braga VAB, Almeida ANS. Os conceitos de sentido da vida: reveladores da espiritualidade da pessoa com câncer. Logos & existência – Rev. Ass. Bras. de logoterapia e análise existencial, 2015; 4(2): 189-201; 2. Frankl VE. Em busca e sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis (RJ): Vozes. 40ed. 2016. p.184. |