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5424347 | O reprocessamento de artigos na atenção primária de saúde relacionado com a segurança do paciente | Autores: Tayná Magalhães da Silva ; Rachel Machado Cavalca Coutinho ; Isabela Camargo Potye Gomes ; Lidiana Flora Vidôto |
Resumo: O reprocessamento de artigos médico-hospitalares comumente é utilizado nos
centros de saúde (CS) e infere diretamente na qualidade da assistência
prestada, uma vez que realizada de forma incorreta pode vir a acarretar
iatrogenias nos pacientes submetidos aos materiais.A pesquisa a seguir tem
como objetivo verificar a segurança do paciente atendido na atenção básica em
relação aos artigos reprocessados.Trata-se de um estudo descritivo,
quantitativo e exploratório, onde buscou-se entrevistar os profissionais
atuantes no reprocessamento de artigos de 13 CS de um município paulista,
usando um questionário semi-estruturado.Nos resultados encontrados foi
possível identificar que ainda existem falhas na atenção primária à saúde. A
maioria dos entrevistados não utilizam os equipamentos de proteção individual
adequadamente, como máscara (N=11/84,62%), bota emborrachada (N=12/92,31%). Um
achado significante é a não utilização de luvas por um profissional
(N=1/7,69%) 3. Quanto à esterilização e armazenamento de artigos críticos
reprocessados. Após análise de dados foi destacado que (8/61,5%) dos serviços
de esterilização são terceirizados nos CS do Distrito Sul, sendo que
(5/38,5%) deles reprocessam em autoclaves nos próprios CS, a terceirização
atualmente é algo bastante discutido nas referências referente as vantagens e
desvantagens. Em relação ao armazenamento e controle dos produtos armazenados,
verifica-se que (4/30%) realizam a inspeção semanalmente, seguida por (3/25%)
que não realizam a inspeção, (2/15%) que realizam diariamente e quinzenalmente
e (1/8%) que realizam semestral ou anualmente. Concluí-se, que as
recomendações não são completamente realizadas se tornando possíveis motivos
de uma má qualidade de assistência à população em sua totalidade, prejudicando
a eficácia e consequentemente a segurança do paciente na atenção primária.
Portanto se faz necessário a capacitação contínua e sistemática, ou seja,
educação permanente pois o papel do enfermeiro é de suma importância tendo em
vista sua capacidade técnico-científica para melhor gerenciar as condições em
questão.
Referências: 1- Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a SaúdeSOBECC. 7ª edição – 2017.
2- Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2002/50_02rdc.pdf
3- Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - RDC nº 15 de 15 de Março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. https://www.google.com.br/search?q=RDC+n%C2%BA+15+de+15+de+Mar%C3%A7o+de+2012&oq=RDC+n%C2%BA+15+de+15+de+Mar%C3%A7o+de+2012&aqs=chrome..69i57.5444j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8 |