E-Pôster
5280633 | EPIDEMIOLOGIA DO COMPORTAMENTO SUICIDA EM ASSIS/SP | Autores: Daniel Augusto da Silva |
Resumo: No mundo, mais de 804.000 mortes por suicídio, e entre 10 e 20 milhões de
tentativas de suicídio ocorreram no ano de 2012. Mesmo sendo evitável, é a
segunda principal causa de mortes entre jovens no mundo1. Objetivo de analisar
o perfil epidemiológico do comportamento suicida na cidade de Assis/SP. Trata-
se de nota prévia de estudo exploratório-descritivo, quanti-qualitativo, com
realização de análises estatísticas e referencial da análise de conteúdo2 para
análise dos dados. A amostra se dá pelos atendimentos por comportamento
suicida nas unidades públicas de urgência e emergência no período entre
dezembro de 2017 e dezembro de 2018. A coleta de dados se dá por meio de
entrevista com Questionário semiestruturado e Inventário de Depressão de Beck.
O projeto foi aprovado sob parecer CEP UNIFESP nº 2.314.347. No período de
dezembro de 2017 a junho de 2018 foram realizados 86 atendimentos por
tentativa de suicídio, com uma média de 12 atendimentos/mês. Sobre os
atendimentos, 70 (81,40%) foram de mulheres, as idades variaram entre 13 e 73
anos. O método utilizado para a tentativa de suicídio na grande maioria das
ocorrências foi a intoxicação exógena. Considerando a gravidade do
atendimento, 2 (2,33%) casos foram considerados como graves, em decorrência da
evolução clínica, produto do efeito da intoxicação exógena. A frequência de
atendimentos e ocorrências de tentativas de suicídio na cidade culmina na
necessidade de ações em saúde mental e psiquiátrica, de caráter preventivo e
curativo, direcionadas a realidade local, tendo em vista o suicídio ser um
fenômeno complexo e multifatorial3. A enfermagem, além de integrante da equipe
de saúde, perfaz a maior parcela desta equipe, e está presente no atendimento
dessas ocorrências. É de suma importância o conhecimento da realidade
epidemiológica para o envolvimento na elaboração, discussão e execução de
políticas públicas de saúde direcionadas a temática em questão.
Referências: 1. World Health Organization. Preventing suicide: a global imperative. Geneva: World Health Organization; 2014.
2. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.
3. Meleiro AMAS. Avaliação médico-psiquiátrica do risco de suicídio. Psiquiatria Hoje Debates. 2010;2(5):10-5. |