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4734934 | DESAFIOS DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL FRENTE À INTERRUPÇÃO LEGAL DA GESTAÇÃO | Autores: Jessica Rodrigues Silveira ; Margarete Maria Lima |
Resumo: INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada ano, 12 milhões de
pessoas sofrem violência sexual³. Levando-se em consideração que em muitos
casos a mulher não procura o serviço de saúde ou a polícia, relacionado ao
medo de represarias, vergonha, sensação de culpa entre outros, acredita-se que
estes números possam ser maiores que os publicados.. Neste quesito entramos em
outra questão sobre a interrupção legal da gestação, há dificuldades em
identificar profissionais de saúde que se disponibilizem a atuar nestes casos
5. Ainda conforme o autor isto se dá por alguns fatores, entre eles o
desconhecimento do profissional em relação à legislação sobre a interrupção
legalizada pela lei brasileira, medo em relação às possíveis complicações
judiciais, influencias de valores éticos e religiosos que não são
desvencilhados durante sua prática profissional, dentre outros.
OBJETIVOS:
•Conhecer os sentimentos, percepções e estratégias de enfrentamento utilizado
pela equipe multiprofissional frente aos casos de interrupção legal da
gestação.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, descritivo e exploratório. O
local escolhido para realização do estudo foi o Hospital Universitário da
Universidade Federal de Santa Catarina (HU – UFSC).Os participantes da
pesquisa foram os profissionais que compõem a equipe multiprofissional de
saúde atuante nas unidades supracitadas, previstos na Portaria 485/2014 do
Ministério da Saúde . Os critérios de inclusão serão: profissionais atuantes
nas unidades especificadas com tempo de atuação na instituição de no mínimo um
ano e que tenham prestado cuidados à mulher em interrupção legal da gestação
ocorrida por violência sexual. A análise de dados será fundamentada na análise
de conteúdo temática da proposta operativa de Minayo 8. Aprovado no comitê de
ética sob CAAE 91284718.8.0000.0121, encontrando-se na fase de análise dos
dados;
Referências: REFERÊNCIAS
1 - Organização das Nações Unidas – ONU. Declaracion sobre la eliminacion de violência contra la mujer. Documento Oficial de la Asamblea General; supl: 38 A/47/38, secc I, p.3-7.1993 .
2 - BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Secretaria de Políticas para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas para Mulheres, 2013.
3 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes: norma técnica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 3. ed.. Brasília. 2012
4 - FARIAS, R.S.; CAVALCANTI, L. F.Atuação diante das diferentes situações de aborto legal na perspectiva dos profissionais de saúde do Hospital Municipal Fernando Magalhães. Revista Ciência & Saúde Coletiva. v. 17, n. 7, p. 1755-1763, 2012.
6 - SOARES, G. Profissionais de saúde frente ao aborto legal no Brasil: desafios, conflitos e significados. Cadernos de Saúde Pública. v. 19, n. 2, p. 399 – 406. 2003;
7 - Portaria Nº 485, de 1º de Abril de 2014. Redefine o funcionamento do Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0485_01_04_2014.html.
8 - MINAYO, M. C. S.; O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12 ed. São Paulo, 2010. |