3871508 | Polifarmácia e suas implicações no processo de cuidado de enfermagem aos idosos em Terapia Intensiva | Autores: Marina Sthal ; Cleuza Ap. Vedovato ; Ana Paula Boaventura |
Resumo: O objetivo desse trabalho foi analisar as prescrições de pacientes idosos
internados nas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital universitário,
durante um período de trinta dias verificando a presença de fármacos
inapropriadamente prescritos segundo o critério de Beers Fick, bem como a
presença das dez interações potencialmente fatais para idosos. Trata-se de um
estudo descritivo, prospectivo e longitudinal, realizado nas unidades de
terapia intensiva de um hospital universitário no interior do Estado de São
Paulo. A amostra foram as prescrições medicamentosas dos pacientes idosos que
estiveram internados nas Unidades de Terapia Intensiva durante o período de 30
dias ininterruptos de coleta de dados. Foram obtidas 364 prescrições, a
polifarmácia está presente em 357(98,07%) das prescrições. Foram encontrados
prescritos 12 tipos diferentes de fármacos inapropriados em 202 (56%)
prescrições e cinco (1,37%) das prescrições apresentaram interações
potencialmente fatais. Pode-se concluir que na análise das prescrições dos
idosos na unidade de terapia intensiva deste hospital universitário há
polifarmácia, prescrição de fármacos inapropriados para idosos e prescrições
de fármacos com interações potencialmente fatais para idosos. Assim sendo, é
preciso que as equipes, desde a gestão, supervisão e funcionários
assistenciais, criem estratégias e protocolos para que essas prescrições sejam
feitas de maneira a minimizar estas ocorrências, visando criar barreiras aos
erros e estabelecer a melhor terapêutica possível para cada paciente idoso
individualmente.
Referências: 1. Silva R, Schmidt OF, Silva S. Polifarmácia em Geriatria. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 56 (2): 164-174, abr.-jun. 2012. Disponível em: http://www.amrigs.org.br/revista/56-02/revis.pdf
2. Gorzoni ML, Fabbri RMA, Pires SL. Medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Revista Assoc Med Bras 2012; 58(4):442-446. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v58n4/v58n4a14.pdf
3. Pinheiro JS, Carvalho MFC, Luppi G. Interação medicamentosa e a farmacoterapia de pacientes geriátricos com síndromes demenciais. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2013; 16(2):303-314. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v16n2/10.pdf |