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3840414 | PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES COM SERPENTES EM UM HOSPITAL DE ENSINO | Autores: Maria Beatriz da Silva Cunha ; Kairo Cardoso da Frota ; Tamires Alexandre Félix ; Keila Maria de Azevedo Ponte Marques |
Resumo: O Brasil caracteriza-se por ser um país de clima tropical e por possuir uma
fauna diversificada, onde incluem-se diversos animais de interesse médico,
dentre os quais destacam-se as serpentes.(1) De acordo com dados do Ministério
da Saúde, ocorrem cerca de 7 mil acidentes ofídicos por ano no país(2). As
serpentes peçonhentas brasileiras são pertencentes a duas famílias:
_Viperidae_ e _Elapidae_, sendo a primeira responsável pelos acidentes
botrópicos, crotálicos e laquéticos; e a última sendo responsável pelo
acidente elapídico(3) O interesse na pesquisa e discussão do presente estudo
emergiu da necessidade de traçar o perfil de acidentes ofídicos ocorridos em
um hospital de ensino da zona norte do estado do Ceará a partir de vivências
no serviço de emergência. Objetivou-se traçar o perfil clínico-epidemiológico
dos pacientes vítimas de acidentes ofídicos por serpentes peçonhentas que
foram atendidos no serviço. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva e
documental realizada de abril a julho de 2018 com 66 prontuários de pessoas
vítimas de acidentes ofídicos no ano de 2017 na Santa Casa de Misericórdia de
Sobral em Sobral-Ceará. A faixa etária de maior incidência foi a de 20-59 anos
(79%), sexo masculino (79%). O gênero _Bothrops_ foi responsável pelo maior
número de casos (53%), sendo os membros inferiores os mais acometidos (59%). A
algia foi o sintoma mais presente (39%). Quanto à evolução, 98% evoluíram para
alta, enquanto 2% para óbito. O levantamento de dados do presente estudo
apresentou um perfil clínico-epidemiológico de pacientes vítimas de acidentes
com serpentes similar ao que descreve-se na literatura atualizada. a
identificação do perfil das vítimas e a compreensão acerca dos fatores que
circundem o acidente, facilita o processo de trabalho do enfermeiro no serviço
de emergência, otimizando a assistência e proporcionando conhecimento acerca
da demanda local.
Referências: 1 Pinho FM, Pereira ID. Ofidismo. Rev Ass Med [Internet]. 2001 [cited 2018 Jul 20]; 47(1): 24-9. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v47n1/a26v47n1.pdf.
2 Ministério da Saúde. Informações epidemiológicas e morbidade. Rio de Janeiro. 2018. [cited 2018 Jul 12] Available em: www.datasus.gov.br.
3 Albuquerque PLMM, Silva Junior GB, Jacinto CN, Lima CB, Lima JB, Veras MSB, et al. Epidemiological profile of snakebite accidents in a metropolitan area of northeast Brazil. Rev Inst Med Trop [Internet]. 2013 [cited 2018 Ago 1];55(5):347-51. Available from: https://pdfs.semanticscholar.org/d49b/02c142d1853a63e5be74af51eba9022db888.pdf |