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3641753 | Qualidade de vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica por meio do ALSAQ-40 | Autores: Sue Christine Siqueira ; João de Souza E Silva Neto ; Tainara Sardeiro de Santana ; Kenia Alessandra Celestino Araujo ; Christina Souto Cavalcante Costa |
Resumo: Introdução:A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença
neurodegenerativa, progressiva, com comprometimento nos neurônios motores
superiores e inferiores, na maioria dos casos sem comprometimento cognitivo e
sensorial. Está associada à morte do paciente em um tempo de três a quatro
anos, geralmente por insuficiência respiratória. As causas da ELA são
multifatoriais e sua incidência é de 1,4 a 1,6 por 100 mil habitantes. A
progressão da fraqueza, a perda de independência física, a inexistência de
cura, os temores sobre a morte e as preocupações diárias do paciente com uma
doença grave como a ELA, fazem com que a perspectiva sobre a sua saúde se
torne maior, influenciando a qualidade de vida. Objetivo: analisar a qualidade
de vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) por meio do
instrumento ALSAQ-40. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal,
com abordagem quantitativa. Participaram 30 pacientes com ELA de um centro de
reabilitação e readaptação em Goiás, Brasil. Utilizou-se como instrumento o
Questionário de Avaliação da ELA - ALSAQ-40, ficha de perfil sociodemográfico
e clínico. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS® versão 16.0
e as comparações por meio do teste t e ANOVA. Resultados e Discussão:
Observa-se que houve distribuição homogênea em relação ao sexo e estado civil
(solteiro e casado). A maioria dos pacientes possuía ensino médio e/ ou
superior (60%), casa própria (73,3%), carro próprio ou da família (56,7%),
renda familiar mensal entre 1 e 3 salários mínimos (62,1%), não possuía plano
de saúde (60%) e era da classe econômica C e D (53,3%). Na maioria dos
pacientes, o tempo dos primeiros sinais e sintomas ao diagnóstico foi maior ou
igual a um ano (56,7%), o tempo de evolução da doença foi de um a três anos
(63,3%) , recebiam atendimento ambulatorial (76,7%), usava _Bilevel Positive
Pressure Airway_ (Bipap) (76,7%) e cadeira de rodas (63,3%).Os pacientes
tiveram todos os domínios do ALSAQ-40 afetados, sendo, mobilidade física
(76,27) e atividades de vida diária (73,00) os mais prejudicados, comunicação
(66,83) e função emocional (53,03) intermediários e comunicação (52,20) o
menos afetado. Os domínios que mais tiveram relação com os aspectos
sociodemográficos e clínicos foram mobilidade física e atividades de vida
diária. Considerações finais: Conclui-se que a progressão rápida da doença
acarreta prejuízo na qualidade de vida do paciente, principalmente na área
física, mas há uma superação destas experiências vivenciadas, de acordo com o
resultado obtido no domínio função emocional. O uso do instrumento específico
de avaliação da qualidade de vida do paciente com ELA, ALSAQ-40 é indicado
para elaboração de estratégias e planos de intervenção pela equipe
multiprofissional.Implicações para enfermagem: O enfermeiro(a) participa da
equipe multiprofissional e deverá conhecer todos os aspectos que envolve a
doença, como também aspectos que impactam a qualidade de vida do paciente com
ELA.
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