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3627714 | GUIA DE BOAS PRÁTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA FAMILIAR PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS | Autores: Daniela de Farias Rüdiger ; Laura Brehmer ; Neide da Silva Knihs ; Saulo Fábio Ramos ; Aline Lima Pestana Magalhães |
Resumo: **Introdução: **A entrevista familiar é uma das etapas mais complexas do processo de doação de órgãos e tecidos, sendo fundamental a utilização de guias e diretrizes como ferramentas de gerenciamento que oportunizam o aprofundamento do conhecimento, habilidades e competências no sentido de melhorar a segurança e a qualidade dos procedimentos desenvolvidos pela equipe de saúde(1-3). **Objetivo:** Elaborar um guia de boas práticas para subsidiar a equipe de saúde a conduzir a entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos. **Metodologia:** pesquisa metodológica, a qual utiliza as etapas do _Scoping Study: _identificação da questão de pesquisa; identificação de estudos relevantes; seleção dos estudos; extração de dados, sumarização, integração dos dados e consulta as famílias. Organizaram-se os dados conforme o modelo de entrevista familiar de Alicante, que propõem três etapas: comunicação da morte, apoio emocional e informação sobre doação de órgãos e tecidos. **Resultados:** Referente à comunicação da morte, as boas práticas apontam a necessidade da equipe de saúde estar habilitada para conduzir o tema à família, utilizando palavras simples e claras, respeitando o tempo de assimilação da morte. Em relação ao apoio emocional é fundamental respeitar o tempo da família para assimilar a morte, além da importância de manter um profissional habilitado com domínio nas etapas do luto para apoio emocional. Quanto à informação da doação torna-se imprescindível a habilidade da equipe, além de dispor tempo para a família receber, discutir e decidir sobre a doação. **Conclusão:** as informações obtidas apontam como melhores práticas para o desenvolvimento da entrevista familiar, o treinamento da equipe, o respeito ao tempo da família e linguagem clara. **Implicações para Enfermagem:** Subsidiará a prática dos profissionais de saúde na condução da entrevista familiar, assegurando a melhoria e o aprimoramento desta prática.
Referências: 1. Cajado MCV. Experiências de familiares diante da possibilidade de doar órgãos e tecidos para transplantes. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde [Internet] 2017 [acesso em 02 maio 2018]; 6(2):114-120. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/1069/889
2. Leite NF, Maranhão TLG, Farias AA. Captação de Múltiplos Órgãos: os Desafios do Processo para os Profissionais da Saúde e Familiares. Id on Line Rev. Psic [Internet] 2017[acesso em 01 ago. 2018]; 11(34) : 1-25. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/687/967
3. Westphal GA, Garcia VD, Souza RL, Franke CA, Vieira KD, Birckholz VRZ, et al. Diretrizes para avaliação e validação do potencial doador de órgãos em morte encefálica. Rev Bras Ter Intensiva [Internet] 2016 [acesso em 28 jul. 2016]; 28(3):220-255. Disponível em: São Paulo, v. 28, n. 3, p. 220-255, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v28n3/0103-507X-rbti-28-03-0220.pdf |