3561114 | Práticas Obstétricas: O cuidar à Parturiente Adolescente | Autores: Evelyn Braun Chaves ; Cátia Campaner Ferrari Bernardy ; Adriana Valongo Zani ; Márcia Aparecida dos Santos Silva Canario |
Resumo: A adolescência e a gestação são fases de transição que podem deixar marcas
positivas ou negativas na vida da adolescente¹. Neste aspecto, é essencial
garantir a parturiente atendimento qualificado, tornando-a protagonista neste
processo². O objetivo deste estudo foi analisar as práticas obstétricas
prestadas às parturientes adolescentes em maternidades de referência da Rede
Mãe Paranaense. Trata-se de um estudo transversal realizado em municípios da
17ª Regional de Saúde do Paraná, entre julho e novembro de 2017, a partir de
cálculo amostral, totalizando 488 puérperas. Foram incluídas no estudo as com
idade entre 10 e 19 anos. Os dados foram obtidos por meio de entrevista
individual e busca em prontuários, após, realizou-se análise descritiva. A
população adolescente foi de 97 (19,9%), 57,73% era da cor branca, 20,6% sem
companheiro e 90,72% sem ocupação. Em relação ao acesso a métodos de alívio da
dor, 61,8% das parturientes foram levadas ao banho, 41,2% colocadas na bola,
somente 34,0% receberam massagem e 74,2% referiram não ter recebido analgesia.
Mais de 55% receberam ocitocina para condução do parto e 39,2% para indução.
Aproximadamente 62% receberam orientações sobre o pré-parto e parto, quase 94%
tinham acompanhante. Cerca de 51% dos recém-nascidos foram colocados para
sucção imediata na sala de parto. Conclui-se que várias práticas obstétricas
consideradas importantes não estão sendo realizadas para a totalidade das
adolescentes, evidenciando a necessidade de rever tais práticas, para que
assim, todas parturientes tenham acesso ao parto humanizado.
Referências: ¹ Ministério da Saúde (BR). Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida – Brasília : Ministério da Saúde; 2017.
² Silva RC, Soares MC, Jardim VMR, Kerber NPC, Meincke SMK. O discurso e a prática do parto humanizado de adolescentes. Texto contexto - enferm. 2013; 22( 3 ): 629-636. |