3486951 | Análise da disponibilidade da vacina tríplice viral nos serviços de atenção básica no Brasil | Autores: Ed Wilson Vieira ; Marina Oliveira Hermsdorf ; Tércia Moreira Ribeiro da Silva |
Resumo: O sarampo é uma doença infectocontagiosa, de notificação compulsória e
imunoprevenível. A imunização em massa foi a principal estratégia do Programa
Nacional de Imunizações para que o Brasil alcançasse em 2016, o certificado
internacional de sua eliminação. Contudo, a notificação crescente de casos nos
estados do Amazonas e Rondônia a partir do primeiro semestre de 2018, aponta
para a necessidade de estudos que analisem possíveis fatores relacionados a
falhas vacinais que estariam contribuindo para que o vírus volte a circular1.
**Objetivo:** investigar diferenças regionais associadas à disponibilidade da
vacina tríplice viral em serviços de atenção básica à saúde no Brasil.
**Método: **analisa dados secundários, coletados com um desenho transversal,
multicêntrico e de abrangência nacional, em 19.752 Unidades Básicas de Saúde
(UBS) que participaram do segundo ciclo de avaliações externas do PMAQ-
AB/2014. Estimou-se a prevalência da disponibilidade da vacina Tríplice Viral
e a associação desta as regiões brasileiras pela _Odds Ratio _e Intervalos de
Confiança de 95%. **Resultados:** a disponibilidade da vacina tríplice viral
nas UBS foi estatisticamente diferente entre as regiões do Brasil. Quando
comparadas à região Sul, a Norte e a Nordeste apresentaram 0,67 (0,56-0,80) e
0,40 (0,32-0,50), respectivamente, a chance de terem a vacina sempre
disponível em suas UBS. **Conclusão:** existem diferenças regionais associadas
à disponibilidade da vacina tríplice viral em serviços de atenção básica à
saúde no Brasil. **Implicações:** o desabastecimento da vacina em algumas
regiões compromete a cobertura vacinal no Brasil e aumenta as oportunidades
perdidas de vacinação, situações nas quais o indivíduo vai até o serviço, mas
não consegue ser imunizado por falta do imunobiológico.
Referências: BRASIL, Ministério da Saúde. Nota informativa nº 57, de 2018. Ministério da Saúde, Brasília: 2018 |