Imprimir Resumo


70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 3391707

E-Pôster


3391707

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR: CUIDADO DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA PARA ALÉM DA DEMANDA CLÍNICA

Autores:
Marianne da Silva Santos Andrade ; Debora Ribeiro Cardoso ; Rosa Gomes dos Santos Ferreira ; Luzimar Aparecida Borba Paim ; Alex Leonardo de Souza

Resumo:
Introdução: No Brasil, o politraumatismo supera homicídios, com destaque para acidentes automobilísticos (45% dos casos), desastres desportivos, mergulhos em água rasa, quedas hípicas (35%), violência por arma de fogo, arma branca, agressão (20%). 1A fratura cervical é freqüente complicação proveniente desses traumas, totalizando 40% dos registros, implicando em sequelas graves, sobretudo em homens entre 18 e 40 anos. Em 74% dos casos, há consequências inerentes à qualidade de vida, instalação dos transtornos depressivos, de auto-imagem, além de seqüelas clínicas permanentes, tal como a tetraplegia, status neurológico alterado, alteração sensório-motora, pneumonia, trauma torácico. 2No hospital, necessita-se da terapia intensiva em pós-operatório de artrodese vertebral, fixação de corpo e/ou corpectomia. Inadvertidamente, populares manuseiam a vítima, no pré- hospitalar, tornando o caso mais complexo, a exemplo da secção completa medular. Objetivo: Identificar o conhecimento do Enfermeiro Intensivista acerca do cuidado ao traumatismo raquimedular em CTI, sob as perspectivas das desordens clínicas e psicossociais. Metodologia: Abordagem quanti- qualitativa, descritiva, exploratória, interseccional, tipologia survey3 , com n= 50, por conveniência, Enfermeiros Intensivistas, por tiragem amostral de três hospitais do Rio de Janeiro, por questionário auto-aplicável de cinco questões fechadas, via internet. Resultados: Apenas 10 (20%) dos Enfermeiros descrevem que esta clientela tem necessidades clínicas e psicossociais, 30 (60%) descrevem apenas demandas clínicas como balizadores do Cuidado, 02 (4%) ressaltam que, a família, está envolvida neste cenário e necessita atenção, para que maneje esta questão, seguidamente à alta. Conclusões: Fomentar a Educação Permanente, prevista pelo Ministério da Saúde desde 20074 , é premissa para compreender, discutir o processo de trabalho, para práticas seguras, dirigidas à saúde da população. Concluímos que o pouco conhecimento sobre patologias e desatenção com o contexto sócio-histórico do cliente, afasta o Enfermeiro intensivista da perspectiva do ser integral.


Referências:
1. Morais DF, Spotti AR, Cohen MI, Mussi SE, Melo Neto JS, Tognola WA. Perfil epidemiológico de pacientes com traumatismo raquimedular atendidos em hospital terciário. Coluna/Columna. 2013; 12(2): 149-52. 2. De Melo Neto JS, Tognola WA, Spotti AR, Morais DF. Analysis of patients with spinal cord trauma associated with traumatic brain injury. Coluna/Columna. 2014; 13(4): 302-5. 3. Khoury,HTT.Survey: características e condução. 2010. Disponível em <HTTP://www.slideshare.net/hilmapsi/urveys-e-coleta-dados-12885820. Acesso em 10 de maio 2018. 4. _________. Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e dá outras providências.