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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 3359597


3359597

O Instituto de Higiene e a Enfermagem de Guerra na Revolução de 1932.

Autores:
Felipe Daiko Fraga ; Maria Cristina da Costa Marques ; Danilo Fernandes Brasileiro

Resumo:
**Introdução: **A Revolução Constitucionalista de 1932 começou com o movimento oposicionista paulista ao Governo Provisório de Vargas(1). O conflito teve duas motivações: 1) A retomada da autonomia política de São Paulo, pois Getúlio nomeou um interventor que não era paulista; 2) O anseio de uma nova Constituição e eleições para presidente, pois os paulistas consideravam o governo de Getúlio ilegal (2,3). Assim, o sentimento de “paulistanidade”, proveniente das elites, em oposição à “brasilidade”, foi disseminado entre a população. Considerando o impacto desse conflito em nível nacional e a realização dos cursos de “enfermeiros práticos”, questiona-se: Como foi a atuação do Instituto de Higiene na formação de “enfermeiros de emergência” durante a revolução de 1932? Que tipo de cuidar era pensado? **Objetivo:** Analisar a atuação do Instituto de Higiene na formação de enfermeiros de guerra durante a Revolução Constitucionalista de 1932. **Método: **Estudo histórico-documental de abordagem quali-quantitativa, pautado na Coleção da Revolução de 1932 do Centro de Memória da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. **Resultados: **O Instituto de Higiene realizou 5 cursos de Enfermagem de Emergência entre julho e agosto de 1932. Voluntariaram-se 383 alunos, dos quais, 81,5% eram mulheres de 14 a 52 anos, em geral, professoras e empregadas domésticas. Os cursos tinham dois blocos: 1) Sete disciplinas biológicas; 2) Aulas de enfermagem e estágio hospitalar. **Conclusão: **A atuação do Instituto de Higiene na formação de enfermeiras de guerra é um fragmento histórico que comprova o seu alinhamento político com o movimento de 1932. Quanto ao conteúdo da formação, destaca-se seu caráter higienista e eugenista. Por fim, a presença de uma enfermeira diplomada na equipe docente permitiu resgatar indícios dos primórdios do ensino de primeiros-socorros em enfermagem e uma maior compreensão da historicidade das práticas de cuidado com doentes acamados e cuidados aos feridos, por exemplo


Referências:
¹ Felipe Castanho Ribeiro. A historiografia da Guerra de 1932 e a sua amplitude. Mosaico – Vol. 8. Número 12 – 2017. ² Rodrigues, João Paulo. Levante “Constitucionalista” de 1932 e a força da tradição. Do confronto bélico à batalha pela memória (1932-1934). / João Paulo Rodrigues. Assis, 2009. 320f.: il. ³ VILLA, M. A. 1932: Imagens de uma Revolução. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.