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3169889 | O CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE AS BOAS PRÁTICAS OBSTÉTRICAS | Autores: Leila Schmidt Bechtlufft ; Nathália de Sousa Reis |
Resumo: **Introdução:** “boas práticas obstétricas” são um conjunto de ações que objetivam a promoção do parto e nascimento saudáveis e a prevenção da mortalidade materna e perinatal. Com o avanço das tecnologias, o parto tornou-se um evento medicalizado, o que fez com que procedimentos nem sempre necessários fossem inseridos como rotina. A falta de conhecimento das mulheres sobre as boas práticas obstétricas também contribui para esse fato. **Objetivo:** analisar o conhecimento das gestantes acompanhadas no pré-natal do Ambulatório Escola de Petrópolis-RJ sobre as boas práticas obstétricas. **Método: **pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, com coleta de dados através de entrevista semiestruturada, submetidos à análise de conteúdo de Bardin. **Resultados e discussão:** as gestantes pouco conhecem o termo “boas práticas obstétricas”. Demonstraram algum conhecimento quando indagadas a respeito de tais práticas. Há, por parte das gestantes, uma desvalorização dessas ações que pode ser imputada à falta de informação. Destaca-se a submissão das gestantes ao poder médico, já que elas não se valorizam enquanto protagonistas no processo de parir. **Considerações finais:** os achados desta pesquisa permitem sugerir que sejam fornecidas às gestantes e às parturientes orientações quanto à amamentação nas primeiras horas de vida do recém-nascido, à alimentação durante o trabalho de parto, ao direito à presença do acompanhante durante o trabalho de parto, aos métodos não farmacológicos de alivio da dor e sobre a falta de necessidade da episiotomia de rotina. Tais orientações podem ser oferecidas às gestantes durante o pré-natal por ocasião de consultas ou em grupos educativos; e para as parturientes nas maternidades, em alojamento conjunto, na classificação de risco obstétrico, e nas salas de espera. O enfermeiro, enquanto profissional habilitado em acompanhar o pré-natal de baixo risco e a conduzir atividades educativas deve incluir tais orientações no seu cotidiano, contribuindo assim para a melhoria da assistência ao parto.
Referências: Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
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