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3057689 | ESTRATÉGIAS DEFENSIVAS UTILIZADAS PELOS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS | Autores: Haysa Calzavara Malacrida ; Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera ; Pâmela Patricia Mariano ; Rafaela Ferreira de Oliveira ; Isabela Vanessa Tavares Cordeiro Silva |
Resumo: Os trabalhadores de enfermagem vivenciam inúmeras situações desgastantes no
trabalho levando-os ao sofrimento(1). O sujeito pode optar por buscar
estratégias defensivas para facilitar a convivência com seu ambiente laboral.
Estas estratégias podem ser definidas como os mecanismos que o trabalhador
busca transformar, modificar e minimizar sua percepção da realidade que gera
sofrimento(2). São escassos os estudos que relacionam o sofrimento laboral com
os trabalhadores das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), bem
como as estratégias defensivas existentes. Este estudo tem como objetivo
descrever as estratégias defensivas utilizadas pelos trabalhadores de
enfermagem das ILPI perante o sofrimento laboral. Entrevistou-se 27
trabalhadores de enfermagem de seis ILPI de uma cidade do noroeste do Paraná
em abril e setembro de 2013. Utilizou-se a análise de conteúdo(3) e a teoria
da Psicodinâmica do Trabalho(2) para analisar os dados. As estratégias
levantadas pelos trabalhadores foram: considerar a morte do idoso como algo
natural, perceber o óbito daquele em condição crítica como encerramento do
sofrimento, compreender os comportamentos resistentes dos idosos como sintomas
de doenças e da senilidade, limitar os problemas laborais ao ambiente de
trabalho e restringir o envolvimento afetivo com os idosos. O estudo contribui
para o avanço teórico sobre o sofrimento laboral e as estratégias defensivas
desenvolvidas pela equipe de enfermagem, o que pode prevenir seus danos e
garantir equilíbrio emocional do profissional.
Referências: 1. Kessler AI, Krug SBF. Do prazer ao sofrimento no trabalho da enfermagem: o discurso dos trabalhadores. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(1):49-55.
2.Lancman S, Sznelwar L, Organizadores. Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro (RJ): Editora Fiocruz; 2011.
3. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa (PT): Edições 70; 2011. |