2964791 | Detecção de dor neuropática em indivíduos com DM tipo 2 e fatores de confundimento no rastreio da dor | Autores: Giovanna Vallim Jorgetto ; Daniela Silva Oggiam ; Juliana Vallim Jorgetto ; Denise Miyuki Kusahara |
Resumo: A duração do DM e com o controle inadequado da glicemia e ocorre entre 5 a 10
anos de diagnóstico da doença, propiciam o desenvolvimento da Neuropatia
Diabética, e indivíduos diabéticos com duração maior que 10 anos tem uma maior
propensão a lesões nervosas mais sérias, ocasionando frequententemente uma
alteração neurológica, a dor neuropática. O objetivo do trabalho foi rastrear
a dor neuropática de pessoas com DM2 da rede pública municipal em um município
do interior do leste paulista e detectar os principais fatores de
confundimento do rastreio da dor. Para tanto, foram avaliados 120 pacientes
com DM2 da rede pública municipal alocados aleatoriamente. Os critérios de
inclusão do estudo foram: residentes, domiciliados e cadastrados na rede
pública municipal, condições cognitivas, indivíduos acima de 30 anos, ambos os
sexos, diagnóstico de DM2 a partir de 5 anos e monitorização glicêmica. Para o
rastreio de dor neuropática foram utilizadas LANNS, DN4 e BPI. As variáveis
avaliadas foram faixa etária, sexo, tempo de DM2, níveis glicêmicos de jejum,
níveis de HB1 e utilização de insulina para análise descritiva e Teste
quiquadrado para as associações qualitativas. Os critérios de exclusão foram:
hérnia de disco, disfunção tireoidiana descontrolada, alcoolismo, compressão
medular e nervosa, diabetes descompensada, AVC, paralisia infantil e doença
arterial grave foram excluídas da pesquisa. Os Resultados evidenciaram 60% dos
indivíduos do sexo feminino e 40% do sexo masculino, 85% dos indivíduos com
DM2 acima de 60 anos, níveis glicêmicos de jejum com média de 210 mg/dl
(±63,62), média de níveis de Hb1 de 8±0,0075%, 54,73% apresentavam DM2 a mais
10 anos (15±7anos), e 54,7% faziam uso de insulina. 19,8% apresentaram dor
neuropática de acordo com as escalas LANNS, DN4 e BPI (17±3; 8±3; 8±1,
respectivamente). Houve significância estatística (p<0,05) entre nível de HB1
moderadamente controlados e não controlados e a presença dor, quanto maior
faixa etária maior a porcentagem de dor e quanto maior o tempo de DM2 maior
probabilidade de apresentar dor neuropática. Também foi evidenciado que 10%
dos indivíduos avaliados apresentavam alterações degenerativas na coluna
vertebral e hérnia que podem confundir a causa da dor. Conclui-se que as
escalas de avaliação de dor neuropática são de grande importância para o
rastreio de dor neuropática em pessoas com DM2 com mais de 10 anos de doença e
que o principal fator de confundimento da dor neste estudo foi as alterações
degenerativas da coluna vertebral e hérnia de disco.
Descritores: Diabetes Mellitus, Dor, Neuropatias diabéticas, Escalas.
Referências: AHLAWAT A et al. Potencial role of nitric oxide synthase isoforms in pathophysiology of neuropathic pain. Review Inflammopharmacology, october. 2014; 22(5): 269-278.
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