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2807878 | Prevalência e fatores associados a reações transfusionais imediatas em um hemocentro universitário | Autores: Gislaine Rodrigues Nakasato ; Vanessa Marques Vilar ; Fernando Luiz Lupinacci ; Juliana de Lima Lopes
Orientadora: Camila Takao Lopes. |
Resumo: **Introdução:** A hemotransfusão demanda conhecimento e cuidados profissionais específicos, pois, apesar de salvar vidas, pode acarretar complicações e possíveis reações transfusionais1. **Objetivo:** Verificar a prevalência de reações transfusionais imediatas (RTI) e associações entre características demográficas, clínicas e do procedimento com as RTI. **Metodologia:** Estudo observacional, analítico, transversal, realizado no Hemocentro de uma universidade federal do Sudeste, com registros de todos os pacientes ≥18 anos hemotransfundidos em 2016. A associação entre as RTI e variáveis demográficas, clínicas, relacionadas à hemotransfusão e ao procedimento foi verificada por meio dos Testes de Fisher, Mann-Whitney, Qui-quadrado, t de Student ou Correção de Pearson, com p≤0,05 considerado significativo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (Parecer 0787/2017). **Resultados:** Foram realizadas 938 transfusões em 320 pacientes, a maioria (90,2%) de concentrado de hemácias (CH). A prevalência de RTI foi 4,3% (n=40). As RTI associaram-se à maior idade (54,8±17,7 vs 45,6±18,9 anos; p=0,0037) e maior volume transfundido (556,3±184,2 vs 396,4±147,3mL, p<0,0001). Alguns diagnósticos médicos associaram-se significativamente à RTI, p.ex., leucemia mieloide aguda (21,6% vs anemia falciforme (0,7%) (p<0,0001), talassemia (1,7%) (p=0,0006), neoplasias de órgãos sólidos (7,2%) (p=0,0471) ou outros diagnósticos (5,5%) (p=0,0207). Pacientes que receberam ambos CH e plaquetas apresentaram RTI mais frequentemente do que aqueles que receberam apenas CH (33% vs 3,1%, p<0,0001). **Conclusão:** A ocorrência de RTI associou-se ao diagnóstico médico, ao tipo de produto transfundido e ao volume transfundido. **Contribuições para a enfermagem:** O conhecimento desses fatores pode subsidiar treinamentos específicos voltados para vigilância quanto às RTI, de forma a reduzir riscos e aumentar a segurança da hemotransfusão.
Referências: 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Guia para uso de hemocomponentes. 2. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 136 p. |