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70º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 2451643

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2451643

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS NA PSICODINÂMICA DO TRABALHO

Autores:
Ana Dulce Santana dos Santos ; Octavio da Costa Vargens ; Ricardo Souza Evangelista Sant’ana ; Norma Valéria Santas de Oliveira Souza

Resumo:
**Introdução:** A enfermagem que atua nos cuidados paliativos, defronta-se com o sofrimento ao conviver cotidianamente com a morte de pessoas e com as dificuldades de suas famílias em lidar com a finitude. **Objetivo**: Refletir sobre  prazer e sofrimento no trabalho dos enfermeiros em cuidados paliativos, a partir da psicodinâmica do trabalho segundo Dejours. **Metodologia**: revisão integrativa, com busca realizada através do gerenciador BVS, nas bases LILACS, BDENF, MEDLINE. Utilizamos como critério de inclusão os artigos publicados de 2009 até 2018, tendo como termos de busca: Oncológico OR  “Paciente Terminal; “Cuidados Paliativos” OR “Assistencia Paliativa” OR “Trabalho” OR “Trabalhadores” OR “Sofrimento no Trabalho” OR “Cuidados a Doentes Terminais” OR “Cuidado Paliativo a Doentes Terminais” OR “Prazer no trabalho”.  Analisamos 08 artigos. **Resultados**:  O trabalho do enfermeiro na perspectiva dos cuidados paliativos, envolve subjetividades, e, embora o trabalho real traga sofrimento no lidar com a morte, há o prazer de lidar com pessoas. Visto que, nesta abordagem, em que o paradigma da saúde sai do foco do curar para o cuidar, valorizando até o final, à vida dos que estão morrendo, ajeita-se o prazer no trabalho real, proporcionando vivências de encanto no que se faz, a partir de uma abordagem humanística, favorecendo, assim, a satisfação profissional. **Conclusão: **No campo da psicodinâmica do trabalho a subjetividade nas atividades do enfermeiro, está implicada na maneira que lhe foi ensinado o cuidar, na valorização da sensibilidade, na comunicação e no respeito ao momento do outro. É o que se denomina trabalho prescrito. Assim, em consonância com a perspectiva de Dejours, o sofrimento não é incompatível com o prazer obtido da relação com o trabalho, pois é resultante de conexões relativamente independentes e complexas do fazer da enfermagem em cuidados paliativos.


Referências:
Dejours C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed., São Paulo: Cortez – Oboré; 2001. Hercos TM, Vieira F de S, Oliveira MS de, Buetto LS, Shimura CMN, Sonobe HM. O trabalho dos profissionais de enfermagem em unidades de terapia intensiva na assistência ao paciente oncológico. Revista Brasileira de Cancerologia. 2014 ; 60( 1): 51-58.