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2205413 | Influências socioeconômicas no grau de funcionalidade familiar de crianças e adolescentes com doença crônica | Autores: Kenya de Lima Silva ; Nívea Trindade de Araújo Tiburtino Neves ; Thalita Nóbrega Mendes ; Érika Leite da Silva Cardoso ; Yana Balduíno de Araújo |
Resumo: A família organismo vinculado ao cuidado da criança/adolescente, portanto,
sofre modificações e impactos que necessitam de visibilidade para direcionar
ações de cuidado integral1. A avaliação da funcionalidade familiar permite
ampliar o olhar dos profissionais e identificar além de agravos à saúde,
vulnerabilidades nesse núcleo familiar, direcionando-o para a interação entre
os seus membros, e não apenas na criança/adolescente com doença crônica2.
Objetivou-se: Identificar a relação entre o grau de funcionalidade familiar em
crianças e adolescentes com doença crônica e variáveis socioeconômicas
relacionadas à doença e a família. Trata-se de um estudo transversal e
analítico. Participaram pais de crianças e adolescentes com doença crônica
atendidos nos serviços ambulatorial e de internação de dois Hospitais
Públicos, João Pessoa-PB, entre abril e dezembro de 2017, com instrumento para
dados sociodemográficos e o questionário APGAR familiar3. Os dados foram
inseridos em dois programas estatísticos e realizada análise de
correspondência. Foram analisadas 79 crianças/adolescentes, em sua maioria são
pardas (59,5%), encontravam-se com idade entre 0 e 5 anos (43%), 69,6%
frequentavam a escola e estavam na fase crônica da doença (73,4%). O cuidador
principal é a figura materna (93,7%), a maioria parda (66,1%) e casada
(45,6%). Em relação à situação econômica, a maioria são desempregados (68,4%).
As variáveis: separação dos familiares após a descoberta do diagnóstico e
renda de até um salário mínimo foram decisivas na correlação da disfunção
familiar captada pelo APGAR. Fatores de correlação com a boa funcionalidade
foram renda familiar média maior que um salário e faixa etária entre 7-12
anos. O estudo trouxe resultados relevantes quanto a fatores que influenciam
diretamente a dinâmica familiar. Assim, traz implicações para Enfermagem dando
visibilidade as condições em que as famílias de crianças/adolescentes com
doença crônica podem se encontrar e assim direcionar ações de cuidado que
contribuam para o equilíbrio da funcionalidade dessas famílias, colaborando
com a qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores.
Referências: 1. GESTEIRA, E. C. R., et al. Families of children with sickle cell disease: an integrative review. Online Braz J Nurs, v.15, n. 2, p.276-90, 2016.
2. BARBOSA, D. C. et al. Funcionalidade de famílias de mães cuidadoras de filhos com condição crônica. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 10, n. 4, p. 731-738, 2012.
3. SOUSA, F. G. M.; FIGUEIREDO, M. C. A. B.; ERDMANN, A. L. Instrumentos para avaliação e intervenção na família: um estudo descritivo. Rev Pesq. Saúde. São Luís, v. 11, n. 1, p. 60-63, jan./abr., 2010. |