E-Pôster
1924896 | Acesso geográfico à detecção de casos da tuberculose | Autores: Lílian Moura de Lima Spagnolo ; Dagoberta Alves Vieira ; Jéssica Oliveira Tomberg ; Martina Dias da Rosa Martins ; Luize Barbosa Antunes |
Resumo: A tuberculose é um problema de saúde pública1. A garantia do acesso é
fundamental para a detecção dos casos. Dentre as características que
interferem no acesso está a disponibilidade geográfica dos serviços de saúde1.
Analisar o acesso geográfico aos serviços de saúde para a detecção de casos da
tuberculose. Estudo descritivo, desenvolvido entre 2013 e 2014 no município de
Pelotas, Rio Grande do Sul. Foram analisadas as distâncias entre o domicílio
dos sintomáticos respiratórios da tuberculose e os serviços de saúde próximos
a residência e entre o primeiro serviço procurado para atendimento. Foi
considerado como acesso facilitado àqueles serviços localizados em uma área em
até 800 metros de distância do domicílio e acesso dificultado aqueles
localizados a distância superior. Foram analisadas 67 distâncias, dessas 91%
(61) dos sujeitos tinham serviços de saúde próximo ao domicílio, sendo 85,2%
(52) unidades de Atenção Primária à Saúde. Com relação ao primeiro serviço de
saúde procurado 74,6% (50) buscaram os serviços distantes ao domicílio, e
desses 48% (24) eram unidades de pronto atendimento. Conclui-se que a
distribuição geográfica dos serviços de saúde é favorável para o acesso a
detecção dos casos de tuberculose, no entanto a utilização dos serviços se dá
naqueles considerados como acesso dificultado. Os resultados contribuem para a
discussão da tuberculose, doença negligenciada, trazendo subsídios para os
gestores das barreiras de acesso e da urgência de efetivar as unidades de
Atenção Primária à Saúde como coordenadora do cuidado.
Referências: Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasil Livre da Tuebrculose: Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Brasília, 2017 |