1801 | CIRCUNSTÂNCIAS DE CRIAÇÃO DO SINDICATO DOS AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DE ALAGOAS - 1987 a 1993 | Autores: Reinaldo dos Santos Moura (enfreinaldomoura@gmail.com) (Graduando em Enfermagem e Pesquisador do Programa Institucional de Iniciação Científica - SEUNE/CNPq. Membro do Grupo de Pesquisa Dona Isabel Macintyre da Universidade Federal de Alagoas - GEDIM/UFAL.) ; Francisco Joilsom Carvalho Saraiva (Enfermeiro. Esp. e Docente - SEUNE. Pesquisador - GEDIM/UFAL.) ; Regina Maria dos Santos (Enfermeira e Pós-doutorada - UFAL. Docente e Líder - GEDIM/UFAL. Coorientadora - SEUNE/CNPq.) ; James Farley Estevam dos Santos (Enfermeiro e Mestre - UFAL. Docente - SEUNE. Pesquisador - GEDIM/UFAL. Orientador - SEUNE/CNPq. Presidente da ABEN/AL) ; Kely Regina da Silva Lima Rocha (Enfermeiro e Mestre - UFAL. Docente - SEUNE. Pesquisador - GEDIM/UFAL.) |
Resumo: Esta pesquisa teve como objeto as circunstâncias de criação do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (SATEAL) e as ações da primeira diretoria. A escolha por este objeto é consequência do entendimento de que o conhecimento do passado da enfermagem é uma ferramenta indispensável ao desenvolvimento da profissão. Traçou-se como objetivos analisar as circunstâncias que culminou a criação do SATEAL 1987/89 e as ações desenvolvidas pela primeira diretoria eleita no período de 1989/93. No percurso metodológico se adotou o delineamento histórico-social de abordagem qualitativa-analítica. Utilizou-se das fontes primárias documentais e orais. Os resultados foram discutidos sob a luz de Antônio Gramsci: classes, cultura sociedade civil e hegemonia. Na década de 1980 o Estado exercia a hegemonia, não permitindo a liberdade expressão no movimento ditatorial e após este. Noutro capitulo foi percebido que a categoria dos profissionais de enfermagem do nível médio não era bem representados pelo sindicato da época, gerando o interesse da ruptura para criação do SATEAL. Foi necessário alianças e desenvolvimentos de intelectuais na massa operaria para impulsionar tal desfecho, porem houve perseguições do Sindicato Patronal e do antigo sindicato que os abrigava, gerando perseguições políticas e jurídicas com as trincheiras de deterioração da tentativa de contra hegemonia. Conclui-se que a questão norteadora foi respondida a medida em que nos capítulos foram descritos e a hipótese foi ratificada no momento em que foi compreendido que a ruptura para criação do SATEAL foi devido a lacuna de atuação sindical da antiga instituição que os abrigavam. Porem se verifica também que nessa tentativa de construção de uma nova hegemonia foi gerado perseguições por parte da classe dominante, desde a concepção do sindicato até as ações da primeira diretoria. A tal ponto que o patronato não os reconheciam nas negociações coletivas como instituição sindical.
Referências: AGGIO, A. A "Classicidade" de Gramsci e o tema dos intelectuais. Anos 90. Revista do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v. 17, n. 32, 2010. GOMES, M. L. B.; MUNIZ, A. F. O sindicato dos enfermeiros do Rio de Janeiro no movimento social em torno da constituição de 1988. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 7, n. 1, p. 39-48, 2003. OGUISSO, T; CAMPOS, P. F. S.; FREITAS, G. F. Pesquisa Em História da Enfermagem. 2ed. Barueri: Manole, 2011. |