1771 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE, INFÂNCIA E IDENTIDADE RACIAL: DE QUE COR É O LÁPIS COR DE PELE? | Autores: Nataniele Silva Canuto (nataniellecanuto@gmail.com) (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL) ; José Carlos da Silva Lins (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL) ; Larissa Alves do Nascimento (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL) ; Max Douglas Alves Silva (Universidade Federal de Alagoas - UFAL) ; Pedro Miguel de Araújo Collado (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL) ; Amanda Cavalcante de Macêdo (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL) |
Resumo: INTRODUÇÃO: A infância compreende um período em que os indivíduos são produtos das percepções atribuídas em sua vivência1, construindo sua autoimagem perante sua realidade e o grupo ao qual está inserido2. OBJETIVO: refletir sobre a depreciação da questão étnico racial na infância, estimulando à criança a aceitação indenitária. METODOLOGIA: relatar a experiência desenvolvida através de um projeto de extensão, no Hospital Geral do Estado de Alagoas, no ano de 2015 . RESULTADOS: a atividade se desenvolveu por meio de oficinas de desenho entre estudantes da saúde, crianças hospitalizadas e acompanhantes. Após preparamos um espaço lúdico, realizou-se uma atividade de pintura e conversas com as crianças. Uma delas, sendo negra, ao pintar o personagem "Patrick" de um desenho, pediu um "lápis cor de pele", e recebeu um lápis de cor de pele negra "marrom". A criança questionou que aquele lápis não seria da cor de pele, pegando outro lápis cor "rosa claro" e expressando a frase: "Tia, é esse o lápis cor de pele, não está vendo? Cor de pele, olhe, da minha cor". O Ambiente tornou-se um espaço de reflexão e aprendizado, com a discussão do auto reconhecimento das crianças ali presentes e a aceitação da cor negra como cor de pele. CONCLUSÃO: a não aceitação da cor de pele é uma realidade e que há crianças com dificuldade de reconhecimento da sua imagem e aceitação. CONTRIBUIÇÕES OU IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: a possibilidade de ampliar o conhecimento sobre questões étnicos raciais dentro e etnia durante a formação do enfermeiro, podem levar um atendimento humanizado e acolhedor, respeitando às diferenças em função da necessidade de um abordagem humanizada.
Referências: 2. MENEZES, T.D. A identidade social: Uma análise teórica. Rev. Prolíngua, João Pessoa, v. 5, n. 2, p. 16-27, jul/dez. 2010. 1. QVORTRUP, J. A infância enquanto categoria estrutural. Tradução por Giuliana Rodrigues. Rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 631-643, maio/ago. 2010. |