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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1756


1756

Sexualidade humana prejudicada em mulheres privadas de liberdade: resgate do cuidado de enfermagem na construção de uma sociedade democrática.

Autores:
Lucíola Silva Sandim (luciola_sandim@yahoo.com.br) (Universidade Estadual de Goiás -UEG) ; Elisângela Franciscon Naves (Universidade Estadual de Goiás-UEG) ; Marcos André de Matos (Universidade Federal de Goiás-UFG) ; Márcia Maria de Souza (Universidade Federal de Goiás-UFG) ; Tiago Nogueira de Abreu (Departamento IST/AIDS Itumbiara-GO) ; Camila Canhete Ferreira (Universidade Federal de Goiás-UFG)

Resumo:
Descritores: População privada de liberdade, Sexualidade, Saúde da mulher. Introdução: As prisões caracterizam-se por superlotação e atitudes/comportamentos de risco para a sexualidade humana, em particular na população feminina privada de liberdade. Objetivo: Relatar experiência intersetorial exitosa de cuidado à saúde vivenciada por discentes e docentes de uma Instituição Estadual de Ensino Superior em Presídio Feminino do interior de Goiás, Brasil Central. Método: Após visita prévia, viu-se a necessidade de projeto de intervenção sobre sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis (IST). Assim, durante comemoração do dia das mães, a IES, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde desenvolveu intervenções educativas acerca dos sinais/sintomas, fatores de risco e prevenção das IST, ressaltando a importância do autocuidado. Para tanto, utilizou-se a problematização. Foram realizados aconselhamentos, exame citopatológico e testes rápidos para HIV, hepatites B e C, sífilis, e distribuição de preservativos. Resultados: Trata-se de população jovem, sexualmente ativa, porém com sexualidade prejudicada e com alta prevalência de comportamentos de risco deletérios à saúde. Uma gestante ainda não tinha acompanhamento pré-natal e houve participação efetiva nas ações por parte das reeducandas; fato não reportado pela equipe de saúde local, muito provavelmente relacionado ao vínculo estabelecido pela equipe extensionista. Conclusão: A população feminina privada de liberdade apresenta vulnerabilidade individual, social e programática em relação à sexualidade e IST e não são atendidas em suas especificidades. Espera-se subsidiar estratégias contínuas de saúde pública para este grupo que apresenta difícil acesso, diagnóstico e tratamento, ressaltando seus direitos humanos básicos e a importância do resgate de uma vida sexual saudável. Acredita-se que a universidade exerceu seu papel social e ainda sensibilizou os discentes para a relevância de um cuidado de enfermagem com vistas à construção de uma sociedade democrática.


Referências:
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