1714 | Prevalência de sífilis em mulheres privadas de liberdade em penitenciaria do interior de Goiás, Região Central do Brasil. | Autores: Elisângela Franciscon Naves (elisangela.naves@ueg.br) (Universidade Estadual de Goiás) ; Lucíola Silva Sandim (Universidade Estadual de Goiás) ; Marcos André de Matos (Universidade Federal de Goiás) ; Márcia Maria de Souza (Universidade Federal de Goiás) ; Camila Canhete Ferreira (Universidade Federal de Goiás) |
Resumo: Introdução: Indivíduos privados de liberdade apresentam maior vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis. Importante infecção que merece destaque na população feminina devida suas complicações sexuais e reprodutivas. Objetivo: Estimar a prevalência de sífilis em mulheres privadas de liberdade de uma penitenciaria do interior de Goiás, Região Central do Brasil. Metodologia: Estudo de corte transversal desenvolvido em abril de 2017 em 20 mulheres privadas de liberdade. Utilizou-se instrumento semi-estruturado e testagem rápida de triagem para a T. Pallidun. Análise pelo SPSS. Casos positivos foram tratados. Resultados: A totalidade das reeducandas participou do estudo. A média de idade foi de 27 anos. 55% afirmaram manter relacionamento estável, o consumo de álcool foi referido por 33,3% e o uso de drogas ilícitas por 72,2% das investigadas. Evidenciou-se que 89% das mulheres não utilizam preservativo nas relações sexuais com parceria fixa. A alta prevalência de sífilis (44,4%) esteve estatisticamente associada à situação conjugal e uso de drogas ilícitas antes das relações sexuais. Conclusão: A alta prevalência de sífilis nas mulheres privadas de liberdade evidencia a vulnerabilidade e susceptibilidade a complicações decorrentes dessa relevante infecção para a saúde reprodutiva das mulheres. Estudos em populações carcerárias femininas são relevantes devido à heterogeneidade das mulheres reclusas e dos mais diversos comportamentos de risco inerentes ao confinamento. Contribuições para a Enfermagem: Evidencia-se a necessidade da enfermagem no sistema prisional desenvolver estratégias de prevenção e diagnóstico precoce da sífilis, tendo em vista que essa população está temporariamente reclusa, mas posteriormente será reinserida na comunidade, e se não forem devidamente tratadas e sensibilizadas quanto à prevenção, a cadeia de transmissão não será interrompida. Descritores: Descritores: Sífilis; População privada de liberdade; Saúde coletiva; Saúde da mulher.
Referências: Gois SM, et al. Para além das grades e punições: uma revisão sistemática sobre a saúde penitenciária. Ciênc. saúde coletiva, 17(5):1235-1246, 2012. |