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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1710


1710

A ALTERIDADE COMO ESSÊNCIA DA RELAÇÃO ÉTICA NO CUIDADO EM SAÚDE INDÍGENA: UMA PERSPECTIVA LEVINASIANA.

Autores:
Diomedia Zacarias Teixeira (diomedia39@yahoo.com.br) (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Nelson dos Santos Nunes (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Eliane Ramos Pereira (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)

Resumo:
Introdução: A implementação do cuidado em saúde indígena requer da enfermagem a adequação de suas práticas profissionais às necessidades e singularidades dos povos indígenas. Considerando-se que a ética se ocupa dos objetos morais em todas as suas formas; que a alteridade consiste em sair de si, em suma, do seu egocentrismo, e que o cuidado é para e com o outro, entende-se que o relacionamento profissional-usuário em contextos indígenas deva ser construído numa Ética da Alteridade, na perspectiva de Emmanuel Lévinas. Objetivos: Discutir a alteridade como essência ética do cuidado em saúde indígena. Metodologia: Estudo reflexivo realizado da leitura de artigos a partir dos descritores DeCS Ética, Cuidado e Índios nas bases MEDLINE, LILACS e BDENF, produzidos entre 2011 e 2017.Resultados: estudos apontam o desconhecimento pelos profissionais do contexto histórico e religioso dos indígenas e a desvalorização das suas práticas de autocuidado como os principais dificultadores da construção do cuidado em contextos indígenas. Desse modo, a admissibilidade de distintos modos de conceber e praticar e de assim se firmar como o "outro " do "mesmo", torna a alteridade o princípio para os relacionamentos humanos, constituindo-se, dessa forma, na essência da relação ética numa perspectiva levinasiana. Conclusão: formar e capacitar profissionais de saúde a partir do conceito da Ética da Alteridade fomenta a humanização do cuidado, sem a qual o conhecimento e a habilidade técnico-científica ficam destituídos de sentido. Contribuições para a Enfermagem: qualifica o cuidado, na medida em que ao investir na humanização ratifica seu caráter holístico.


Referências:
1. MORA,J.F. Dicionário de Filosofia. Tomo I A-K. Buenos Aires: Sudamericana, 1964. 2. WALDOW, V.R. Cuidado humano: o resgate necessário. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 2001. 3. LÉVINAS, E. Humanismo do outro homem. Petrópolis: Vozes. 2009