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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1703


1703

FALTA DE CONHECIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DIFICULTA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À POPULAÇÃO LGBTTI

Autores:
Danyella Claudino Gonçalves Braga (danyella_claudino@hotmail.com) (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) ; Sandra Bomfim de Queiroz (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) ; Maísa Isabella Faustino Santos (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) ; Lydia Caroline Peixoto da Rocha (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) ; Mayara Krystina de Lima Freitas (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) ; Paula Cristina Dantas Cavalcante (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas)

Resumo:
INTRODUÇÃO: as políticas afirmativas em saúde são consequência da aplicação do princípio da equidade, do Sistema Único de Saúde, que garante tratar o diferente de forma diferente, para garantir a igualdade. Populações historicamente discriminadas, a exemplo da LGBTTI, composta por lésbicas, gays: bissexuais, travestis, trangênero e intersexuais, têm conquistado o direito às políticas específicas de promoção à saúde e combate às iniquidades, principalmente pelas forças de seus movimentos sociais. Atualmente, a implementação dessas políticas na área de saúde apresentam muitos desafios para os profissionais. OBJETIVO: demostrar a importância do melhoramento da assistência de enfermagem pautada nas especificidades da população LGBTTI. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória e descritiva, a partir de quarto artigos indexados nas bases de dados LILACS e MEDLINE e um manual do Ministério da Saúde sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População LGBTTI. RESULTADOS: infere-se a partir dos achados, que apesar dos avanços proporcionados pelas políticas afirmativas direcionadas a esse público, ainda existem muitas dificuldades no atendimento adequado, por parte dos profissionais da saúde, dentre eles, o enfermeiro. Contatou-se, além do preconceito, a falta de conhecimento técnico-científico dos enfermeiros referente às demandas de produção de cuidado em saúde dessa população, assim como, da formação permanente, para minimizar o problema. CONCLUSÃO: nota-se que profissionais da enfermagem trazem valores associados a uma cultura hegemônica heteronormativa, como a falta de formação na graduação voltada para as políticas afirmativas em saúde. CONTRIBUÇÕES PARA A ENFERMAGEM: essa situação demanda mais investimento na formação básica e o atendimento às legislações que preconizam o ensino dessa temática nos cursos de graduação em saúde, e, também, a formação permanente, visando a integralidade do profissional da enfermagem, para um atendimento mais humanizado e ético.


Referências:
1. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Brasília : 1. ed., 1. reimp. Ministério da Saúde, 2013. 2. TARQUINO, Maria Louiza. Invisibilidade na assistência: um enfoque na atenção à saúde da população LGBT idosa. Congresso Internacional de Envelhecimento Humano - CIEH. 2015. 3. MATOSO, Leonardo Magela. O papel da enfermagem diante da homossexualidade masculina. Rev. Santa Maria, Santa Maria, Vol. 40, n. 2, Jul./Dez, p.27-34, 2014.