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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1701


1701

COMUNIDADES AFRO-DESCENDENTES E AS PLANTAS MEDICINAIS

Autores:
Daniglayse Santos Vieira (daniglayse.sv@hotmail.com) (Prefeitura Municipal de Igreja Nova; Centro Universitário Tiradentes-AL) ; Pedro Simonard (CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES-AL)

Resumo:
Discorrer sobre as plantas medicinais é a princípio pensar em um conhecimento milenar transmitido ao longo dos anos, fortemente arraigado na cultura popular principalmente em comunidades tradicionais (ribeirinhas, indígenas, quilombolas, pescadores) bem como também nas populações contemporâneas. Desde os primórdios, que a humanidade lança mão destes recursos vegetais principalmente no tocante ao tratamento e prevenção de doenças. Este artigo tem como objetivo discorrer sobre a cultura de um povo e sua relação com os recursos vegetais. A utilização das plantas medicinais é fortemente presente em comunidades afro descendentes. Das diversas discussões acadêmicas sobre a cultura brasileira, ou seja, sobre a formação cultural de um povo, as questões referentes aos negros (étnico-raciais) receberam destaque nas ciências sociais desde a sua formação e institucionalização enquanto campo de conhecimento científico. As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e as práticas culturais próprias (FERREIRA et al, 2014). A valorização destas práticas nas comunidades quilombolas ganhou destaque na 1ª Conferência Nacional de Promoção a Desigualdade Racial (CONAPIR) onde foi priorizado o investimento na produção de ervas medicinal, aproveitando e potencializando o conhecimento do uso dessas ervas (FREITAS et al, 2011). Foi realizada uma revisão sistemática na base de dados do Scielo, onde foram encontrados 14 artigos produzidos referentes a temática proposta. Conclui-se então que este tipo de estudo prioriza o enfoque interdisciplinar quando possibilita tratar das relações do homem consigo mesmo e com sua saúde, com os outros, com o ambiente e com a sociedade. Palavras-chave: comunidade quilombola, plantas medicinais, fitoterapia.


Referências:
FREITAS, D.A et al. Saúde e comunidades quilombolas: uma revisão da literatura. Rev. CEFAC. Set-Out; 13(5):937-943, 2011. FERREIRA, F.M.C, et al. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na comunidade quilombola Carreiros, Mercês - Minas Gerais. Revista Verde (Pombal - PB - Brasil), v 9, n. 3 , p. 205- 212, jul-set, 2014. HEISLER, E.V, et al. Uso de plantas medicinais no cuidado à saúde: produção cientifíca das teses e dissertações da enfermagem brasileira. Enfermería global, nº39, Julio, 2015. MOTA.R.S; DIAS.H.M. Quilombolas e recursos florestais medicinais no sul da Bahia, Brasil. INTERAÇÕES, Campo Grande, v. 13, n. 2, p. 151-159, jul./dez. 2012. ROSA, P.L.F.S et al. Uso de plantas medicinais por mulheres negras: estudo etnográfico em uma comunidade de baixa renda. Rev Esc Enferm USP; 48(Esp):46-53, 2014.