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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1680


1680

PRÁTICAS DOCENTES NA FRONTEIRA FRANCO-BRASILEIRA: uma experiência ímpar no ensino regular de Enfermagem

Autores:
Tito Livio Ribeiro Gomes do Nascimento (thitolivio@gmail.com) (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)) ; Veridiana Barreto do Nascimento (Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)) ; Nádia Vicência do Nascimento Martins (Universidade de São Paulo (EEUSP)) ; Thainara Araújo Franklin (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)) ; Suely Ciosak (Universidade de São Paulo (EEUSP)) ; Alba Benemérita Alves Vilela (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB))

Resumo:
INTRODUÇÃO: A graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) é relativamente nova na fronteira Franco-Brasileira no município de Oiapoque-AP, sendo uma realidade vivenciada pela população de modo geral e particularmente pela população indígena da região, construindo um novo contexto histórico local. OBJETIVO: Descrever as experiências vivenciadas por docentes do curso de Enfermagem da UNIFAP. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência que descreve a vivência docente durante as aulas para alunos indígenas do curso de Enfermagem, no Campus Binacional do Oiapoque-AP, região de fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A expansão universitária possibilita a população indígena o contato com um novo estilo de vida, tornando-os indivíduos críticos reflexivos, capaz de pensar, agir, de conceber o conhecimento, permitindo refletir sobre outras culturas, e sobre as suas próprias, podendo fazer de suas experiências acadêmicas, exercícios constantes de tradução cultural. Percebe-se aptidões positivas quanto a construção do seu conhecimento, revelando-se participativos e interessados. Compreende-se que o papel educacional do docente se mostra como agente transformador frente aos discentes indígenas, formando atores ativos no seu espaço social, ressignificando hábitos e práticas em saúde em sua aldeia, melhorando a qualidade de vida da população indígena. CONSIDERAÇÕES: Pensando de modo longitudinal, considera-se que o papel da atividade docente de Enfermagem é algo relevante para esta população, principalmente no que tange as mudanças sociais. É salutar que durante esse processo de formação, o docente realiza um papel de mediador, trocando saberes pautado na Enfermagem (educação em saúde, cuidado, práticas de saúde), sendo evidenciada uma formação concisa, crítica e reflexiva, contribuindo assim para formação de agentes transformadores do meio em que vivem.


Referências:
CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Acompanha 1 CD-ROM. Disponível em . Acesso em: mar. 2017. GALLOIS, DT; GRUPIONI, DF. Povos indígenas no Amapá e norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam. IEPÉ. São Paulo, 2010. MARQUES, O. Caripunas Marowornos e Wajampis. A construção da identidade social do índio amapaense. INSTITUTO AMAZÔNIA. Amapá, 2009.