1592 | TRANSTORNOS MENTAIS EM UM PORTADOR DA FORMA JUVENIL DA DOENÇA DE HUNTINGTON | Autores: Thamyris Lucimar Pastorini Gonçalves (pastorini.thamy@gmail.com) (Fudação Universidade Federal de Rondônia) ; Jamaira do Nascimento Xavier (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Naime Oliveira Ramos (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Vivian Rodrigues Tadeus (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Andonai Krauze de França3 (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Vivian Susi de Assis Canizares (Fundação Universidade Federal de Rondônia) |
Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença de Huntington (HD) possui origem genética e tem como causa a mutação do gene HTT que expressa a proteína Huntigtina, levando a repetições anormais dos trinucleotídeos CAG. Sua manifestação é mais comum entre os 30 e 50 anos de idade, entretanto existem casos onde a doença se manifesta antes dos 20 anos, considerada HD Juvenil. De caráter neurodegerativo ocasionando, entre outros sintomas, perturbações psíquicas como irritabilidade, insônia, alucinações podendo levar a demência. OBJETIVO: Descrever os sintomas psíquicos manifestados pelo portador. MATERIAL E MÉTODOS: Pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva, do tipo estudo de caso. Trata-se de um jovem de 22 anos, sexo masculino, acometido pela forma Juvenil da HD cujos sintomas iniciaram-se aos 19 anos. Os dados foram obtidos do prontuário do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS onde o mesmo realiza acompanhamento psiquiátrico. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Evidenciou-se diversos transtornos mentais que oscilaram ao longo do acompanhamento. Apresentou-se resistente ao uso das medicações e pouco colaborativo. Entre os mais importantes e constantes sintomas verificou-se: irritabilidade, heteroagressividade, perda da memória, comportamentos repetitivos, sonolência, delírios e alucinações agravados por déficit no autocuidado e desnutrição. CONCLUSÃO: Os déficits cognitivo e psíquico apresentados pelo usuário são fatores que levam a uma precária condição de vida e apesar da inexistência de tratamento que leve a cura ou controle da HD, constata-se que o uso contínuo de psicofármacos aliado ao acompanhamento de equipe interdisciplinar, que oriente adequadamente o cuidador, pode reduzir os transtornos descritos e assegurar uma melhor qualidade de vida.
Referências: MARTINELLI. A. Aspectos clínicos e Fisiopatológicos da Doença de Huntington. Rev Arch Health Invest, v. 3, n.4, p.32-39. 2014. |